Freire, Patrono da Educação Brasileira, atuou na educação de adultos em áreas proletárias de Pernambuco. Seu legado inclui a Pedagogia do Afeto, Diálogo Aberto e Processo de Conscientizar, considerando o Contexto-Realidade para a Formação de Cidadãos.
No dia 19 de setembro de 2024, o Brasil comemoraria o aniversário de 103 anos de Paulo Freire, um dos principais nomes da educação brasileira.
Considerado um dos maiores educadores do século XX, Paulo Freire é lembrado como um patrono da educação brasileira, que revolucionou a forma como se pensa e se pratica a educação no país. Sua abordagem inovadora e crítica à educação tradicional o tornou um ícone da educação popular e um defensor dos direitos humanos. A educação libertadora é um legado que continua a inspirar gerações.
O Legado de Paulo Freire: Um Norte para a Educação Brasileira
Segundo especialistas, as ideias do educador Paulo Freire continuam a inspirar escolas e universidades que buscam transformar a sociedade por meio da educação. ‘Vivemos em tempos repressivos, e o legado de Paulo Freire volta com mais força’, afirma Walkyria Monte Mór, professora da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Projeto Nacional de Letramentos: Linguagem, Cultura, Educação e Tecnologia. Desde 2012, Paulo Freire é considerado o Patrono da Educação Brasileira por lei. Seu trabalho é reconhecido mundialmente, com títulos em 41 instituições de ensino, incluindo as universidades de Harvard, Cambridge e Oxford.
Em obras como ‘Pedagogia do Oprimido’, Paulo Freire defende o papel fundamental da educação no processo de conscientizar o povo e levá-lo ao senso crítico. Abaixo, veja em que aspectos o legado de Paulo Freire ainda pode ser considerado atual, na visão de três professores que estudam sua obra:
1- A Importância de Compreender a Realidade do Aluno
Paulo Freire defendia a teoria da ‘pedagogia do afeto‘, explica Kleber Silva, professor da Universidade de Brasília (UnB). ‘Ele dizia que o professor deveria ser sensível à história de vida dos alunos, resgatando seus sofrimentos, mazelas e cicatrizes. A partir dessa vivência, o conhecimento seria construído.’ Na prática, isso ocorreria por meio do diálogo aberto, com empatia e constantes trocas de conhecimento. Pensando em um contexto atual, um professor que recebe os alunos nas salas de aula após mais de um ano de escolas fechadas na pandemia não deveria se atentar somente ao cumprimento de currículos, mas praticar a afetividade e ‘abrir a porta’ para a conversa.
2- Alfabetização de Adultos
Nas décadas de 1950 e 1960, Paulo Freire dedicou-se à educação de adultos em áreas proletárias (urbanas e rurais) de Pernambuco. Pelo método de alfabetização que leva seu nome, as aulas partem de elementos do cotidiano dos alunos analfabetos. Em vez de tomar como base ‘frases feitas’ de apostilas, o educador baseia-se no vocabulário que faz parte do dia a dia do trabalhador. ‘É tudo feito a partir do contexto-realidade dos alunos. O método fônico, por exemplo, foca o processo de alfabetização nos sons, a partir de frases distantes da realidade das crianças. Paulo Freire defende o contrário: que as aulas trabalhem a partir do contexto dos alunos’, diz a professora da USP.
3- Formação de Cidadãos Críticos
Monte Mór, docente da USP, afirma que, pelos ensinamentos de Paulo Freire, ‘o aluno percebe que tudo o que aprende é fruto do olhar de certas pessoas’. Isso significa que a educação deve ser um processo de conscientização e formação de cidadãos críticos, capazes de questionar e transformar a sociedade.
O Legado de Paulo Freire: Uma Pedagogia do Afeto
A pedagogia do afeto de Paulo Freire é baseada na ideia de que a educação deve ser um processo de construção do conhecimento a partir da vivência e da experiência dos alunos. Isso significa que o professor deve ser sensível à história de vida dos alunos e resgatar seus sofrimentos, mazelas e cicatrizes. A partir dessa vivência, o conhecimento seria construído por meio do diálogo aberto, com empatia e constantes trocas de conhecimento.
A pedagogia do afeto de Paulo Freire também é baseada na ideia de que a educação deve ser um processo de formação de cidadãos críticos, capazes de questionar e transformar a sociedade. Isso significa que a educação deve ser um processo de conscientização, que permita aos alunos perceber que tudo o que aprendem é fruto do olhar de certas pessoas.
O Legado de Paulo Freire: Uma Educação para a Transformação Social
O legado de Paulo Freire é uma educação para a transformação social. Sua pedagogia do afeto e sua ênfase na formação de cidadãos críticos são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A educação deve ser um processo de conscientização e formação de cidadãos capazes de questionar e transformar a sociedade.
A educação de Paulo Freire também é baseada na ideia de que a educação deve ser um processo de construção do conhecimento a partir da vivência e da experiência dos alunos. Isso significa que o professor deve ser sensível à história de vida dos alunos e resgatar seus sofrimentos, mazelas e cicatrizes. A partir dessa vivência, o conhecimento seria construído por meio do diálogo aberto, com empatia e constantes trocas de conhecimento.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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