O ouro oferece pouca confiança como refúgio contra inflação, visto seu volatilidade e dificuldade em seguir inflação. Histórico: geopolítica, conflitos, bancos, centrais, mercados, emergentes, produção, taxas, real/dólar, inflação, crises financeiras, retornos, impostos de cambio.
O ouro tem sido o centro das atenções em diversas conversas e reportagens pelo mundo.
O aumento do preço do ouro tem impactado o mercado de commodities de forma significativa, tornando o minério ainda mais valioso.
O aumento do ouro: geopolítica e demanda dos bancos centrais
Desta vez, tem chamado a atenção a elevação nos preços deste minério nos últimos meses, em consequência tanto do aumento na tensão geopolítica com conflitos no Oriente Médio e na Europa quanto por uma demanda maior por parte de bancos centrais no mundo todo, principalmente na China e mercados emergentes.
As autoridades têm aumentado suas reservas na commodity, possivelmente com o objetivo de acumular uma alternativa aos títulos do governo americano e evitar eventuais sanções financeiras dos EUA. Esse movimento evidencia a confiança na solidez do ouro como um ativo de reserva em tempos de incerteza.
Segundo os dados mais recentes do World Gold Council, entidade com sede em Londres que reúne mais de 30 empresas de mineração de ouro com operações em 40 países, a produção do minério tem atingido níveis historicamente elevados, sustentando uma oferta robusta desta commodity tão cobiçada no mercado global.
A atratividade do ouro para investidores comuns
Se a produção é crescente e as autoridades estão comprando mais ouro neste momento, os investidores comuns também deveriam estar atentos a esse movimento e participando dessa jornada. Mas quais são os caminhos possíveis para comprar ouro e com quais objetivos?
Vale ressaltar que, ao considerar o ouro em uma carteira internacional, a influência da taxa de câmbio real/dólar se faz presente, adicionando uma camada adicional de complexidade na avaliação de retornos e volatilidade. Essa dinâmica cambial pode impactar significativamente a performance do investimento em ouro, tornando a decisão de alocação ainda mais crucial.
O ouro como proteção e diversificação
Historicamente, os investidores têm sido atraídos pelo ouro por diversas razões, desde sua suposta capacidade de proteção de valor contra a inflação até seu potencial como defesa contra crises e riscos sistêmicos. A busca por esse precioso metal como um porto seguro em tempos turbulentos é uma narrativa que ecoa ao longo da história financeira.
No entanto, ao analisar o desempenho do ouro em relação à inflação, surgem questionamentos sobre sua eficácia como mecanismo de proteção a longo prazo. Os dados revelam que o ouro nem sempre conseguiu acompanhar a inflação de forma consistente, o que coloca em cheque sua reputação como uma reserva de valor confiável.
Em contrapartida, quando comparado com outras classes de ativos, como ações americanas, o ouro tem apresentado retornos reais abaixo do esperado, juntamente com uma volatilidade maior e correções mais acentuadas. Nesse contexto, a inclusão do ouro em uma carteira de investimentos pode ser justificada pela sua capacidade de diversificação e não necessariamente pela proteção contra a inflação.
Em suma, embora o ouro tenha sua importância histórica e simbólica como um ativo de refúgio, sua performance como investimento puro requer uma avaliação cuidadosa e realista, considerando seus prós e contras em um cenário de incertezas e desafios financeiros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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