A onda de bares de vinho na rua dos Pinheiros cresce em São Paulo, com seleção criteriosa e democratização do consumo de vinhos independentes.
Feitos para apreciadores ou iniciantes, os bares de vinho estão ganhando destaque na cena noturna de São Paulo. Recentemente, apenas nas redondezas da rua dos Pinheiros, na zona oeste, surgiram dois novos estabelecimentos: o Refúgio do Vinho e o Vinho no Ponto. Um terceiro local está previsto para abrir as portas em novembro. O Refúgio do Vinho se destaca por sua seleção diversificada, com opções para todos os gostos e bolsos, garantindo uma experiência única para os amantes da bebida.
No segundo parágrafo, podemos destacar que esses bares de vinho são ideais para um happy hour descontraído entre amigos ou até mesmo para quem deseja aprender mais sobre a cultura do vinho. A atmosfera aconchegante e a variedade de rótulos disponíveis nos bares de vinho da região tornam o momento de degustação ainda mais especial.
Vinho: a nova onda da noite paulistana
O segundo aposta na democratização do consumo de vinho e, como diz o nome, atrai quem quer pagar por uma taça de vinho o preço de um chopp. Quem é do ramo estima que existem aproximadamente 20 bares de vinho na capital paulista. Sem contar, é claro, aqueles instalados dentro das importadoras — mais antigos, se restringem aos rótulos trazidos pelas empresas. Aí cada uma tem o seu ou os seus, em diferentes lugares da cidade, visando a públicos distintos. Os mais conhecidos são Mistral, Grand Cru, Evino, Decanter e Cellar. Há ainda os bares das próprias vinícolas brasileiras, caso da Salton, Campestre e outras. As pioneiras nos bares de vinho independentes são as somellières Daniela Bravin e Cássia Campos.
Em 2018, elas fundaram o Sede 261, numa rua estreita de Pinheiros, para vender vinhos em taça. O bar físico foi uma consequência do clube de vinhos por assinatura criado em 2015, depois de anos de experiência trabalhando para diversos restaurantes. O espaço da Sede 261 é pequeno, com apenas dez lugares na parte interna. Em compensação, a clientela ocupa a calçada onde arma até 40 cadeiras de praia. Lá não há comida, mas liberdade para cada um pedir o delivery que quiser. Não é raro ver uma mesa com um grupo comendo pizza e outra, ao lado, com cozinha japonesa.
Os deliveries melhoraram muito durante a pandemia, diz Daniela, eleita diversas vezes a melhor sommelier do ano, em conversa com o NeoFeed. O local é uma festa e Cássia atribui essa procura, entre outros motivos, ao aumento do consumo do vinho, que vem ocupando cada vez mais o espaço da cerveja nos encontros de happy hour. Para a dupla, o que faz do Sede 261 um lugar tão especial é a rotatividade dos rótulos, que mudam a cada semana, quando são introduzidos ao menos 40 novos, e o fato de o lugar ter uma frequência transgeracional.
Aqui vem os avós, os pais, os filhos. Essa bagunça, essa mistureba, é o que dá calor para o bar, afirma Daniela. Vinhos de baixa intervenção Para não entrar na disputa de um mercado já segmentado, o advogado Renan Scapim, de 35 anos, e o administrador de empresas Raphael Lucente, 34 anos, escolheram um recorte próprio: o primeiro bar de vinhos de baixa intervenção da região dos Jardins. Assim nasceu o Baco Dvino, no fim do ano passado, com mesas na calçada e proposta informal, como devem ser os empreendimentos do tipo. Estreantes no ramo, os dois resolveram fazer alguns cursos antes de abrir. Renan na Le Cordon Bleu e Raphael, no Senac.
Com o Sede 261, inaugurado em 2018, as somellières Daniela Bravin e Cássia Campos foram as pioneiras. O bar de vinho Saída de Emergência oferece garrafas a partir de R$ 80 e taça cujo preço começa em R$ 20. Na faixa acima de R$ 800 há entre 30 e 40 opções. Fico feliz ao ver que há uma mesa com taças de espumante a R$ 40 e outras, ao lado, consumindo vinhos caros, diz o restaurateur Guilherme Mora, dono do bar Saída de Emergência. A ideia da dupla de focar em vinhos biodinâmicos, a nova onda da noite paulistana.
Fonte: @ NEO FEED
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