Ator estrela em “O Veneno” de Rodolf Sirera no Teatro, dedicação exclusiva durante ensaios em dois meses. Dramático trabalho psicologicamente, duelo moderno na terceira guerra mundial. Peça competição, intensa produção pós-ditadura espanhola.
Depois de uma década envolvido na televisão e em outros projetos audiovisuais, Osmar Prado retorna ao teatro com a peça O Veneno do Teatro, de Rodolf Sirera. O renomado ator de 76 anos divide o palco com Maurício Machado e estreia no Rio de Janeiro em 2 de maio. Em entrevista à Quem, Prado compartilhou sobre a importância do cuidado com a saúde mental diante das exigências psicológicas do trabalho artístico.
O retorno de Osmar Prado aos palcos ressalta a relevância de se discutir abertamente a saúde mental no meio artístico. A dedicação à arte teatral pode ser desafiadora, exigindo equilíbrio emocional e atenção ao bem-estar mental dos envolvidos. Nesse contexto, é fundamental promover o diálogo sobre a importância do autocuidado e do suporte psicológico para a saúde dos artistas.
Explorando a complexidade da saúde mental em ‘O Veneno do Teatro’
É fascinante como uma peça aparentemente fina pode abrigar tamanha profundidade e complexidade. Em ‘O Veneno do Teatro’, de Rodolf Sirera, dois atores se entregam a um duelo emocional tão elegante que exige uma dedicação exclusiva. E, como destacou um dos atores, a obra se revela um verdadeiro mergulho na saúde mental.
O embate entre os personagens nesse thriller repleto de intensidade nos faz refletir sobre a importância de cuidar da saúde mental, especialmente em tempos tão turbulentos como os atuais. Em meio a questionamentos sobre a possibilidade de uma terceira guerra mundial, a peça se torna um espelho das angústias e desafios da nossa sociedade contemporânea.
Durante os ensaios, que se estenderam por dois meses, os atores se dedicaram não apenas a aprimorar suas performances, mas também a compreender as nuances psicológicas de seus personagens. Esse processo de imersão no trabalho psicologicamente denso revelou camadas profundas da mente humana, levando os artistas a explorar suas próprias emoções e memórias para dar vida à trama.
A conexão entre os atores, Maurice Machado e Osmar Prado, vai além do palco, refletindo uma parceria baseada na confiança e na colaboração mútua. Enquanto Maurício atua e produz o espetáculo, Osmar mergulha na psicopatia de seu personagem com entrega e sensibilidade, demonstrando a importância de apoiar e elevar um ao outro no processo criativo.
Diante de um cenário de desigualdades e desafios, Osmar ressalta a urgência de promover a empatia e a generosidade como pilares fundamentais para preservar a humanidade. Em meio às reflexões provocadas por ‘O Veneno do Teatro’, somos convidados a repensar nossa relação com a saúde mental e a buscar formas de sustentar nossa sanidade emocional em um mundo cada vez mais complexo.
Fonte: © Revista Quem
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