PF diz que Abin, sob Bolsonaro, monitorou ilegalmente STF, deputados e senadores, usando recursos públicos.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em pronunciamento nesta sexta-feira (12), denunciou o ‘uso indevido e ilegal de dados da Abin para fins de perseguição pessoal’, de acordo com apuração da Polícia Federal. Pacheco destacou a importância de preservar a integridade da Abin e repudiou qualquer tentativa de manipulação da agência de inteligência.
Para o presidente do Senado, é fundamental garantir a autonomia da Agência Brasileira de Inteligência e proteger suas atividades de possíveis interferências externas. Rodrigo Pacheco ressaltou que a Abin desempenha um papel crucial na segurança nacional e deve ser respeitada em suas atribuições, sem qualquer tipo de ingerência indevida.
Escândalo da Abin Paralela: Uso Clandestino de Recursos Públicos em Foco
‘Se no passado já se falou de pessoas consideradas alopradas, considero que são mais traidores da pátria do que simples aloprados’, afirmou uma fonte próxima à investigação. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tem sido alvo de intensa controvérsia nos últimos dias, com a revelação de um esquema clandestino de monitoramento.
Uma ação conjunta do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou uma investigação para apurar o uso de recursos públicos pela chamada Abin Paralela. O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão preventiva de suspeitos ligados a essa operação paralela da Abin.
O caso da Abin Paralela reforça a importância de alianças políticas, como a formada por Lula em 2022, segundo declarações de Padilha. Questionado sobre a atuação do Congresso na fiscalização da Agência Brasileira de Inteligência, o presidente Pacheco refutou a ideia de que a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) poderia ter evitado tais práticas.
De acordo com informações da Polícia Federal, a Abin, sob a gestão do governo Jair Bolsonaro, monitorou ilegalmente diversas figuras públicas, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares, servidores públicos e jornalistas. A lista de alvos foi descoberta durante a Operação Última Milha, que resultou na prisão de membros do chamado ‘gabinete do ódio’ e auxiliares do ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem.
As investigações apontam que algumas dessas ações visavam confirmar notícias falsas que circulavam em grupos alinhados ao governo. A capacidade da Abin de realizar tais atividades clandestinas levanta questões sobre a instituição e seu papel na proteção da segurança nacional. A utilização de recursos públicos para práticas marginais é um tema de extrema gravidade que merece total atenção das autoridades competentes.
Fonte: @ CNN Brasil
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