Ferramenta prioriza áreas com riscos de poluentes para saúde e meio ambiente, considerando atividades econômicas e mudanças climáticas.
O Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, apresenta hoje, em Brasília, uma iniciativa para acompanhar a poluição atmosférica e seus efeitos na saúde da população do Brasil.
A poluição do ar é um problema crescente em muitas cidades brasileiras, com o aumento do material particulado fino e outros poluentes do ar afetando a qualidade do ar que respiramos diariamente. É fundamental adotar medidas para reduzir a poluição atmosférica e proteger a saúde de todos os cidadãos.
Impacto da Poluição Atmosférica na Saúde e Qualidade de Vida
O Painel Vigiar tem como objetivo principal identificar regiões com maior exposição à poluição atmosférica, visando orientar a criação de políticas públicas e medidas de saúde ambiental. Além disso, busca aprimorar a qualidade das informações disponíveis e fortalecer a vigilância em saúde em todo o país.
A plataforma fornece estimativas sobre os impactos na saúde humana decorrentes da exposição ao material particulado fino (MP2,5) em municípios com mais de 10 mil habitantes, destacando o potencial número de mortes que poderiam ser evitadas se os níveis de poluentes do ar estivessem dentro dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com informações do Ministério da Saúde, essa ferramenta identifica e prioriza áreas no Brasil onde as atividades econômicas ou sociais podem expor a população a níveis mais elevados de poluentes do ar. Situações críticas incluem regiões afetadas por queimadas e incêndios florestais, áreas urbanas com alta concentração de poluentes, zonas com intensa atividade industrial, locais internos com poluição do ar e os impactos das mudanças climáticas na qualidade do ar.
A Vigiar leva em consideração aspectos socioambientais essenciais para a saúde e qualidade de vida da população. Fatores como pobreza, fome, educação, aquecimento global, igualdade de gênero, água, saneamento, energia, urbanização, meio ambiente e justiça social são fundamentais para avaliar os impactos da poluição do ar e promover a saúde da população, conforme destacado pelo ministério.
Além disso, o painel disponibiliza informações sobre as concentrações anuais e mensais de material particulado, juntamente com a percentagem de populações expostas, dados que podem ser consultados por localidade e grupos populacionais.
Segundo o Ministério da Saúde, o material particulado fino (MP2,5) consiste em partículas finas presentes no ar, de origem sólida ou líquida, provenientes de diversas fontes de emissão como veículos, indústrias, incêndios florestais e atividades humanas. Devido ao seu tamanho microscópico, essas partículas podem penetrar no trato respiratório inferior, atingir os alvéolos pulmonares e a corrente sanguínea, resultando em doenças respiratórias, cardíacas e até mesmo câncer. Grupos mais vulneráveis a essa exposição incluem crianças, idosos, gestantes e pessoas com condições de saúde pré-existentes.
Fonte: @ Agencia Brasil
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