Na advocacia, o trabalho em grandes escritórios privados representa apenas 29%, com preerginas viadas para autônomos. Terceiros recebem menos de 1/3 dos honorários avultados. OAB oferece apoio, mas só para faixas de rendimento individuais e familiares, com reclamações sobre condições gerais piorando. Média satisfação é de 72%. (142 caracteres)
Frequentemente considerado o ápice de uma carreira na advocacia, trabalhar em empresas ou escritórios privados é uma realidade para menos de um terço (29%) dos advogados. A esmagadora maioria (72%) desses profissionais atua de forma autônoma.
É interessante observar que a maioria dos advogados brasileiros são profissionais autônomos, revelando a versatilidade e independência característica dos advogados. A dedicação e comprometimento desses profissionais da advocacia com seus clientes são diferenciais marcantes no mercado.
A alta presença de advogados autônomos no Brasil
Apenas 29% dos advogados atuam em empresas ou escritórios privados, enquanto uma grande maioria de 72% são profissionais autônomos. Em complemento, 5% desses profissionais afirmam exercer cargo público, e outros 5% estão aposentados. Por fim, 4% estão desempregados. Esses dados são provenientes do 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV), divulgado recentemente em 26/4.
A soma dos percentuais ultrapassando 100% é explicada pela natureza da pesquisa, que envolvia múltiplas opções de resposta. Mais de um quarto (29%) dos advogados destacaram que já tiveram suas prerrogativas violadas ou honorários aviltados. Surpreendentemente, apenas 24% formalizaram uma reclamação para a OAB. E, dentre esses, somente 23% afirmaram ter recebido apoio por parte da entidade.
Desafios e debates na comunidade da advocacia
Esses números emergem em meio a variadas discussões sobre a atuação dos advogados. Recentemente, houve debates intensos sobre a sustentação oral, como o conflito entre a advocacia e o Supremo Tribunal Federal após a recusa de um pedido de sustentação. Ademais, no Superior Tribunal de Justiça discute-se a possibilidade de voto de um ministro que não tenha acompanhado a sustentação e uma PEC enviada pela OAB ao Congresso para garantir o direito de fazer sustentações orais nos tribunais brasileiros.
Revelações sobre os vencimentos dos advogados
Em relação aos salários, pouco mais de um terço dos advogados brasileiros tem rendimento individual mensal de até dois salários mínimos no exercício da advocacia. Em números, 34% desses profissionais ganham até R$ 2.824 mensais. A faixa seguinte, de dois a cinco salários mínimos (de R$ 2.824 a R$ 7.060), abriga 30% dos advogados. Por outro lado, 15% se encontram no grupo com rendimentos de cinco a 20 salários mínimos (R$ 7.060 a R$ 28.240).
Quando consideramos a renda familiar mensal, percebe-se que 14% dos advogados estão na faixa de até dois salários mínimos, enquanto 31% se encontram na faixa de dois a cinco salários mínimos. Dessa forma, 45% têm uma renda familiar mensal de até R$ 7.060.
Mais insights sobre a advocacia brasileira
Além disso, 26% possuem uma renda familiar entre cinco e dez salários mínimos, enquanto 22% têm renda familiar acima de dez salários mínimos. Olhando para o panorama geral, 52% dos advogados acreditam que as condições para atuação na advocacia estão piorando, embora 54% atribuam notas entre sete e dez para seu grau de satisfação. A média de satisfação geral é de 6,3.
Por fim, o estudo revelou que as mulheres compõem a maioria (50%) da advocacia brasileira, enquanto os homens somam 49%. Outros gêneros representam cerca de 1%. A faixa etária predominante é de 24 a 44 anos (55%), seguida por 24% de 45 a 59 anos e 21% com 60 anos ou mais. Quanto à raça, 64% se declaram brancos, 33% são negros (25% pardos e 8% pretos), e aproximadamente 1% são indígenas ou amarelos.
Fonte: © Conjur
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