Pesquisadores evidenciam transmissão eficiente de vírus entre mamíferos, aumentando capacidade de realizar necessidade de mais estudos.
A disseminação da gripe aviária H5N1 tem sido monitorada de perto pela comunidade científica diante dos surtos do vírus em profissionais que lidam com vacas leiteiras e em fazendas no Brasil — já foram confirmados pelo menos 7 casos desde março de 2022 —.
Os especialistas alertam para a gravidade da influenza aviária H5N1, ressaltando a importância de medidas rigorosas de biossegurança para prevenir a propagação do vírus em ambientes de criação de aves. A vigilância constante é essencial para conter a disseminação da gripe aviária H5N1 e proteger a saúde pública.
Gripe Aviária H5N1: Necessidade de Mais Acompanhamento
Um estudo recentemente divulgado ressalta a importância de monitorar de perto a gripe aviária H5N1, pois foi constatada a transmissão eficiente de mamífero para mamífero. Esse avanço é crucial para o vírus se adaptar e potencialmente aumentar sua capacidade de se manifestar entre humanos.
A análise realizada por cientistas da Universidade Cornell revelou que o vírus circulou entre vacas, passando para gatos e até mesmo um guaxinim. Essa descoberta foi publicada na renomada revista científica Nature.
Diego Diel, professor associado de virologia e diretor do Laboratório de Virologia do Centro de Diagnóstico de Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da universidade, destacou: ‘Esta é uma das primeiras vezes que estamos vendo evidências de transmissão eficiente e sustentada de mamífero para mamífero da influenza aviária H5N1 altamente patogênica.’
Até o momento, não foram observadas mutações no H5N1 que aumentem sua transmissibilidade em humanos. O sequenciamento completo do genoma realizado pelo grupo de Diel confirmou essa informação. No entanto, a capacidade do vírus de realizar mutações para se adaptar aos hospedeiros e ao sistema imunológico pode representar um risco futuro.
Existe a preocupação de que mutações potenciais possam surgir, levando à adaptação em mamíferos e, eventualmente, à transmissão eficiente em humanos. O pesquisador ressaltou a importância de estar atento a essas possibilidades.
O estudo também evidenciou a transmissão entre mamíferos, como gatos e guaxinins, e o leite de vacas infectadas. A análise epidemiológica foi fundamental para identificar esses casos, incluindo a contaminação de animais em fazendas impactadas pela gripe aviária.
Além disso, foram relatados 11 casos em humanos nos Estados Unidos desde abril de 2022, sendo que todos apresentaram sintomas leves da doença. Esses dados ressaltam a necessidade de uma vigilância contínua e de medidas preventivas para evitar uma potencial disseminação do vírus entre humanos.
Fonte: @ Veja Abril
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