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Na segunda-feira, 3, a PF mudou seu posicionamento em relação à suspeita de crime de injúria e calúnia, agravando a situação.
Por meio do @portalmigalhas | Neste dia de segunda-feira, 3, em uma alteração de compreensão, a PF optou por indiciar o empresário Roberto Mantovani, sua esposa, Renata Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta, sob suspeita de hostilizarem o ministro do STF Alexandre de Moraes e seus familiares no aeroporto de Roma, na Itália. O incidente ocorreu em julho de 2023 e resultou na abertura de uma investigação pela PF, que tem como relator o ministro Dias Toffoli, do STF. A defesa de Mantovani e sua família expressou que ‘causa perplexidade e enorme surpresa’ o novo posicionamento da PF.
Na perspectiva do delegado Thiago Severo de Rezende, que subscreve o documento, os três cometeram o crime de calúnia por acusarem o ministro de fraudar as eleições de 2022, com a agravante de as ofensas terem sido dirigidas a um funcionário público. A Polícia Federal também indiciou Roberto Mantovani pelo tapa no rosto do filho de Alexandre de Moraes. A Polícia Federal está atuando com rigor nesse caso. STF reexamina questões cruciais
PF: Polícia Federal; investigação e mudança de posicionamento
A Polícia Federal (PF) atribui ao empresário o delito de injúria com ‘violência ou vias de fato’. Inicialmente, o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki considerou o caso encerrado e não solicitou o indiciamento da família, alegando a dificuldade em determinar se ocorreu uma troca de ofensas, uma vez que as imagens das câmeras do aeroporto não possuem áudio. Sakaki admitiu que Mantovani agrediu o filho de Moraes, porém também não o indiciou, por entender que se tratava de um crime de menor potencial ofensivo e ocorrido fora do país.
Posteriormente, Sakaki solicitou para se desligar do caso, sendo substituído pelo delegado Thiago Severo de Rezende. Em um comunicado emitido nesta segunda-feira, Rezende afirmou que a versão apresentada pelas vítimas não é contestada em momento algum pelas imagens.
O contexto atual do Brasil, marcado por uma polarização intensa e diversos fenômenos observados, tem levado a uma intolerância política insustentável. Grupos extremistas têm disseminado nas redes sociais as conhecidas ‘fake news’ e propagado o ódio em direção ao espectro oposto. Nessa batalha travada, especialmente nas plataformas online, há uma exaltação de certas personalidades e um ataque vil contra aquelas vistas como contrárias ao ponto de vista defendido por esses grupos.
Nesse cenário, a agressão, a ridicularização e o ataque aos ‘oponentes’ tornaram-se não apenas comuns, mas também aceitáveis para uma parcela da sociedade. O Ministro Alexandre de Moraes é uma das figuras mais visadas e repudiadas por alas extremistas.
Conforme salientado pelo delegado, a opinião política de cada cidadão, assim como sua percepção sobre a condução do país, é livre. No entanto, a discordância não justifica a agressão a outra pessoa.
É inadmissível que, por motivações políticas ou ideológicas, se permita a agressão, a ridicularização e a propagação de mentiras contra qualquer indivíduo. Essa premissa não se restringe apenas a membros dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, jornalistas ou outras ‘celebridades’, mas deve ser aplicada a todos os cidadãos.
O advogado Ralph Tórtima, representante da família, manifestou surpresa e perplexidade diante da nova posição da Polícia Federal, que agora decidiu indiciar os investigados. Vale ressaltar que essa mudança drástica ocorre sem a apresentação de novas evidências ou provas nos autos. O inquérito, que já havia sido concluído, tem se revelado um verdadeiro ‘vale tudo’, no qual o respeito aos princípios fundamentais do Direito tem sido negligenciado.
Uma situação lamentável em todos os aspectos.
Fonte: © Direto News
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