Plaquetas elevadas indicam inflamações e mudanças no corpo; entenda o motivo desse aumento e consulte um hematologista para exame de sangue.
Plaquetas elevadas são um aumento no número de pequenos fragmentos de células sanguíneas que desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea. Essas plaquetas, produzidas a partir de megacariócitos, entram em ação quando ocorre uma lesão em um vaso sanguíneo, atuando como uma espécie de adesivo que ajuda a estancar o sangramento.
Em casos de trombocitose ou plaquetose, é importante monitorar de perto os níveis de plaquetas no sangue para garantir que não atinjam valores perigosamente altos. O desequilíbrio nessas células pode levar a complicações relacionadas à coagulação sanguínea, exigindo atenção médica especializada e um plano de tratamento adequado.
Plaquetas elevadas: entendendo a trombocitose e a plaquetose
Portanto, a presença de plaquetas elevadas (também conhecidas como trombocitose ou plaquetose) indica a possibilidade de um sangramento excessivo em alguma região do corpo – porém, nem sempre esse aumento é um sinal de problemas de saúde. O hematologista Rony Schaffel, que atua como coordenador de pesquisa clínica e professor na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), esclarece dúvidas sobre o tema.
Como identificar plaquetas elevadas?
O número de referência para plaquetas, que indica a normalidade, varia de 150.000/mm³ a 450.000/mm³. A unidade de medida ‘mm³’ representa um microlitro de sangue. O diagnóstico de plaquetas elevadas é feito por meio de um hemograma completo, um exame de sangue de rotina. Geralmente, a contagem ultrapassa 450.000/mm³ em idosos, indivíduos com níveis elevados de colesterol ou histórico de tromboses. No entanto, quando as plaquetas ultrapassam 1.500.000/mm³, o risco de problemas de saúde aumenta significativamente.
Quais são as possíveis causas das plaquetas elevadas?
As causas mais frequentes de plaquetas elevadas incluem deficiência de ferro, tabagismo, inflamação crônica e trombocitemia essencial. Esta última é uma condição caracterizada pela produção descontrolada de plaquetas pela medula óssea, geralmente sem sintomas aparentes. É importante ressaltar que a trombocitemia essencial não é um tipo de câncer, pois não envolve a produção de células malignas, mas sim um aumento na produção de componentes de células saudáveis.
Plaquetas elevadas e infecções
É relevante destacar que infecções não costumam ser a causa de plaquetas elevadas. Pelo contrário, é mais comum que infecções virais, como dengue e sarampo, levem a uma redução na contagem de plaquetas no sangue.
Como controlar as plaquetas elevadas?
O primeiro passo para controlar as plaquetas elevadas é identificar a causa por meio de um hemograma completo. Somente com um diagnóstico preciso que explique o motivo desse aumento é possível determinar a melhor abordagem para reduzir a contagem. Se o aumento for resultado de inflamações e tabagismo, é essencial tratar esses fatores para reduzir a contagem de plaquetas. Em casos em que as plaquetas elevadas estão relacionadas à aceleração da coagulação, pode não ser necessário reduzir a contagem, sendo suficiente inibir essa aceleração com o uso de aspirina. No entanto, indivíduos com risco de trombose ou com plaquetas acima de 1.500.000/mm³ podem necessitar de tratamentos com medicamentos, como a Hidroxiureia.
Entendendo as plaquetas baixas
Por outro lado, a baixa contagem de plaquetas (abaixo de 150.000/mm³) pode ser causada por problemas técnicos durante a coleta, infecções virais, aumento do baço, disfunções hepáticas ou problemas de circulação sanguínea (geralmente indicados pela redução de outras células sanguíneas também).
Fonte: @ Minha Vida
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