Gabriel Luís de Oliveira, acusado por nove mortes em baile funk em 2019, relatou fumar charuto e beber cerveja após confrontos letais.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – O capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro que afirmou a um influenciador digital brasileiro que celebra prisões em operações com pizza e refrigerante é um dos 10 policiais envolvidos na prisão de seis pessoas em uma manifestação em Copacabana, em setembro de 2020. A repercussão da declaração divulgada pela Agência Brasil gerou um debate interno na corporação.
Em meio a esse cenário, a atuação da PM tem sido alvo de críticas da sociedade civil, que cobra maior transparência e responsabilização dos agentes envolvidos em casos de violência policial. A presença ostensiva da Polícia Militar nas comunidades tem gerado tensões e levantado questionamentos sobre a necessidade de reformas no sistema de segurança pública.
PM: Sargento da Polícia envolvido em tumulto em baile funk em Paraisópolis
Uma denúncia do Ministério Público envolve o sargento Gabriel Luís de Oliveira, que estava no primeiro tático móvel a chegar à favela de Paraisópolis durante um tumulto que resultou em nove mortos e 12 feridos. Segundo a versão oficial, os policiais foram atacados por participantes do baile com garrafas e pedras, o que levou ao uso de armas menos letais para conter a situação.
A denúncia afirma que Oliveira teria agredido pessoas que tentavam fugir do tumulto, causando pânico e sofrimento. O Ministério Público destacou a atitude dos denunciados como uma demonstração de poder e prepotência contra a população presente no evento cultural.
Após o incidente, Oliveira e outros policiais foram afastados de seus trabalhos de rua, com o então governador João Doria tomando essa decisão. Posteriormente, Oliveira foi promovido a sargento e transferido para a zona norte, onde passou a integrar uma nova equipe da Força Tática.
Em uma entrevista conduzida pelo youtuber Gen Kimura, o sargento mencionou em inglês que a morte de criminosos era celebrada com charutos e cerveja, o que gerou uma repercussão negativa. Essa parte da entrevista foi removida do canal após críticas pela postura inadequada.
O caso também levantou questões sobre procedimentos internos da Polícia Militar, com um capitão autorizando a gravação sem comunicar os superiores hierárquicos. A SSP afirmou que todas as movimentações relacionadas ao policial serão investigadas pela Corregedoria, reforçando o compromisso da PM em responsabilizar agentes por condutas irregulares.
A região da zona norte, onde Oliveira está atualmente lotado, é comandada pelo coronel Cleotheos Sabino de Souza Filho, que tem a missão de garantir a integridade e o profissionalismo dos membros da corporação. A Polícia Militar reiterou seu compromisso com a legalidade e afirmou que qualquer desvio de conduta será tratado conforme a lei vigente.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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