A Polícia Federal investiga ataque hacker a sistemas administrativos de ministérios e órgãos federais. Medidas de segurança são tomadas contra crimes de alto nível.
A Polícia Federal abriu hoje uma investigação para apurar o ataque contra sistemas internos e administrativos de nove ministérios e dois órgãos da administração federal. O Ministério da Gestão e Inovação divulgou que a arquitetura e as barreiras do sistema atingido permanecem íntegras, não tendo sido afetados pelo ataque contra-hacker.
Em meio ao avanço da tecnologia, é crucial proteger as instituições de possíveis invasões cibernéticas. A ocorrência de um crime de alto nível como esse destaca a importância de investir em segurança cibernética para prevenir futuros incidentes.
Ataque cibernético contra sistemas administrativos
Os servidores continuam sem acesso às ferramentas essenciais. De acordo com a Polícia Federal, especialistas em crimes de alto nível estão colaborando com a equipe da Secretaria de Governo Digital. O foco é coletar dados para identificar os responsáveis, métodos utilizados e razões por trás do incidente.
Informações preliminares indicam que o ataque afetou exclusivamente os sistemas administrativos e está sob controle. A PF destaca que o MGI possuía cópias dos sistemas comprometidos, garantindo a recuperação dos serviços afetados. A invasão ocorreu na terça-feira (23) e foi comunicada à PF na quarta-feira (24).
A partir desse momento, as equipes da Polícia Federal começaram a compartilhar informações com os técnicos do ministério. Inicialmente, a PF orientou sobre medidas de segurança a serem implementadas para proteger os dados e assegurar a integridade dos sistemas.
A investigação está a cargo da Diretoria de Crimes Cibernéticos, unidade especializada da PF na apuração de crimes de alta tecnologia. Com a abertura do inquérito, a prioridade é descobrir a origem da invasão e a extensão do problema.
A Secretaria de Serviços Compartilhados do MGI informou que os ministérios afetados incluem Gestão, Fazenda, Povos Indígenas, Planejamento e Orçamento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Previdência Social, Igualdade Racial, Mulheres, Casa da Moeda Brasileira e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
No final da quarta-feira, os servidores foram instruídos a alterar as senhas do Office e do Gov.br, especialmente aqueles que lidam com o Siafi. Em abril, criminosos invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, tentando movimentar pelo menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.
A invasão ao Siafi foi revelada pela Folha de S.Paulo. O Tesouro Nacional, responsável pelo Siafi, implementou medidas extras de segurança para autenticar os usuários autorizados a operar o sistema e aprovar pagamentos.
Segundo o Ministério da Gestão, o ataque desta semana foi direcionado ao SEI (Sistema Eletrônico de Informações) Multiórgão e algumas funcionalidades do PEN (Processo Eletrônico Nacional).
O SEI é utilizado por 150 órgãos do governo para a tramitação de processos e documentos. O Multiórgão é uma versão adaptada do SEI, implementada recentemente para atender especificamente o grupo afetado no ataque.
Esse sistema é essencial para emitir ordens de pagamento, despachos para emissão de notas fiscais, processos administrativos envolvendo empresas privadas, instruções e a tramitação de documentos entre ministérios e órgãos.
Enquanto a situação não for resolvida, os pagamentos para empresas com contratos governamentais ficarão suspensos. Medidas adicionais de segurança estão sendo implementadas para evitar futuros incidentes cibernéticos de alto nível.
Fonte: © TNH1
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