No depoimento ao STF, o réu confessou o assassinato da vereadora e afirmou que os procedimentos foram digitalizados para evitar manipulações.
Em seu testemunho ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (27/8), o ex-policial militar Ronnie Lessa, responsável pelo homicídio da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, revelou que policiais do Rio de Janeiro estavam envolvidos em esquemas de corrupção. Lessa afirmou que policiais do Rio de Janeiro ocultavam investigações caso recebessem propina no valor de R$ 50 mil.
Além disso, o ex-policial mencionou que as autoridades policiais do Rio de Janeiro tinham conhecimento das práticas ilícitas realizadas por alguns agentes de segurança do Rio de Janeiro. A declaração de Lessa expôs a corrupção que permeava o sistema de segurança pública, evidenciando a necessidade de medidas mais rigorosas para coibir a atuação criminosa de alguns policiais do Rio de Janeiro.
Policiais do Rio de Janeiro: Revelações Chocantes de um Réu Colaborador
Ronnie Lessa, ex-PM preso e réu confesso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, fez um depoimento explosivo ao Supremo. Lessa, que foi adido da Polícia Civil, destacou que as autoridades policiais do Rio de Janeiro estão contaminadas há décadas. Segundo o réu, as práticas corruptas permeiam as instituições de segurança do estado.
Durante o depoimento, Lessa afirmou que as polícias do Rio de Janeiro têm sido alvo de manipulações. Ele mencionou que, mesmo com a digitalização dos procedimentos, os policiais tentam desviar o foco das investigações. Essas revelações levantam sérias questões sobre a integridade das forças de segurança do estado.
O ex-policial também apontou a influência de políticos, como os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, no cenário policial. Eles são acusados de serem mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. Lessa ressaltou que esses políticos têm o poder de indicar ou retirar policiais de postos-chave, o que pode comprometer a imparcialidade das investigações.
Lessa destacou que a corrupção não é exclusiva da Polícia Civil, mas também afeta a PM. Ele enfatizou que a situação é alarmante e que é preciso uma intervenção séria para limpar as instituições de segurança do Rio de Janeiro. As revelações feitas no depoimento de Lessa lançam luz sobre a complexa teia de corrupção e conluio que permeia o sistema de justiça criminal do estado.
Fonte: © Conjur
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