A Unesco enfrenta novos desafios no combate à desinformação e discurso de ódio, especialmente durante as eleições e para garantir direitos de circulação.
A desinformação é um problema crescente nos dias atuais, afetando a sociedade de diversas maneiras. A disseminação de desinformação pode causar danos irreparáveis, minando a confiança nas instituições e prejudicando a tomada de decisões informadas.
É fundamental combater a desinformação e promover a informação de qualidade para garantir uma sociedade mais justa e democrática. A propagação de notícias falsas pode distorcer a realidade e influenciar negativamente a opinião pública. Devemos estar atentos e buscar fontes confiáveis para não cairmos em armadilhas de fake news.
Desafios no Combate à Desinformação: Novos Rumos na Missão da Unesco
E visando a garantia dos principais direitos humanos, foram estabelecidas instâncias responsáveis para assegurar tais direitos. Quase oito décadas se passaram desde então, e a busca pela manutenção da paz segue, enfrentando sucessos e fracassos, mas novos desafios surgiram no horizonte, desafiando a estabilidade global. Entre esses desafios, destaca-se o combate à desinformação, uma ameaça cada vez mais presente em nossos tempos.
No ano de 2022, a Assembleia Geral da ONU expressou sua preocupação com a propagação da desinformação em um relatório que ressalta os impactos devastadores que a disseminação de informações falsas pode ter sobre as sociedades, prejudicando uma ampla gama de direitos humanos. Entre os exemplos citados, a desinformação pode minar o direito a eleições livres, agravar conflitos armados, incitar violência, discurso de ódio e discriminação, e até mesmo resultar em perdas de vidas, como observado durante a pandemia.
A desinformação é um fenômeno antigo, tendo no nazismo um exemplo trágico de seu uso para manipular as massas através de mentiras. No entanto, a tecnologia das redes sociais trouxe um novo cenário, com algoritmos e personalização das mensagens permitindo uma disseminação mais ampla e direcionada, atingindo públicos de forma mais precisa do que a propaganda convencional.
A missão de combater a desinformação no âmbito da ONU é atribuída à Unesco, uma organização conhecida por seu trabalho na preservação do patrimônio da humanidade. Além disso, a Unesco tem como objetivo contribuir para a paz e segurança, liderando esforços de cooperação multilateral em áreas como educação, ciência, cultura, comunicação e informação.
No ano passado, a Unesco lançou as Diretrizes Globais para a Governança de Plataformas Digitais, um conjunto de orientações destinadas a governos, reguladores, plataformas e cidadãos para estabelecer regras claras para o uso das redes sociais em seus respectivos países. Essas diretrizes foram elaboradas com base em um extenso processo de consulta que envolveu mais de 10 mil contribuições de diversos setores da sociedade, abrangendo as complexidades dos atores presentes nos 194 países reconhecidos pela ONU.
Recentemente, a Unesco promoveu um fórum de três dias em Dubrovnik, Croácia, com a participação de representantes de 124 países, incluindo 87 redes nacionais e regionais de reguladores, plataformas digitais, autoridades governamentais e membros da sociedade civil. Durante o evento, os reguladores se comprometeram a implementar as diretrizes e a apoiar a realização de um Fórum Global de Reguladores, organizado pela Unesco, que terá encontros regulares com o objetivo de fortalecer as ações de combate à desinformação.
Guilherme Canela, chefe da seção de Liberdade de Expressão e Segurança de Jornalistas da Unesco, enfatizou a importância de que qualquer discussão sobre o tema esteja em conformidade com a legislação internacional de direitos humanos. Segundo ele, ao concordar com esse princípio, o diálogo se torna mais enriquecedor e as soluções se tornam mais acessíveis, contribuindo para um ambiente informacional mais seguro e confiável.
Fonte: @ CNN Brasil
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