Caminho para queda da taxa do contrato de resfriamento com comunicação mais clara do presidente do Banco Central.
Na última semana, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez declarações contundentes que evidenciaram os desafios no caminho para a redução da Selic. Hoje, segunda-feira (27), foi a vez do líder da autoridade monetária brasileira tranquilizar os investidores. A atuação do Banco Central tem sido fundamental para manter a estabilidade econômica.
O Comitê Monetário e o Conselho Monetário também desempenham papéis essenciais na definição das políticas econômicas. O papel do Banco Monetário é crucial para o controle da inflação e para garantir a solidez do sistema financeiro. A atuação conjunta dessas instituições é fundamental para o sucesso das medidas econômicas adotadas no país.
Banco Central: Decisões e Comunicação
Tanto que, logo após a fala de Campo Neto, às 14h40, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 oscilava de 10,40% para 10,37%; a do DI para janeiro de 2026 passava de 10,84% para 10,74%; a do DI para janeiro de 2027 caía de 11,15% para 11,045%; e a do DI para janeiro de 2029 cedia de 11,57% para 11,48%. A fala de Campos Neto hoje foi quase um ‘calma lá’. Ao trazer mais informações sobre a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o chefe da autarquia afastou preocupações sobre a politização da discussão. Da perspectiva de inflação, ele reconheceu que o processo de ‘resfriamento’ da alta de preços já está no caminho final e reconheceu que a economia brasileira foi ‘pouco sacrificada’ (não reduziu tanto o ritmo de crescimento) nesse processo desinflacionário. Mesmo que este último trecho seja cheio de percalços.
Conselho Monetário: Decisões e Desafios
Durante almoço empresarial do Lide, em São Paulo, o preside do BC disse ter entendido que a desancoragem das expectativas de inflação (quando as projeções para o índice de inflação sobem) era um fator muito importante e suficiente para reduzir o ritmo de corte de juros de meio ponto para 0,25 ponto percentual na última reunião do Copom. Segundo o dirigente, a minoria do Copom que defendeu o corte de meio ponto percentual da Selic na última reunião discutiu a necessidade de se responder com uma comunicação mais clara sobre a mudança de política monetária. Ele reconheceu que a divisão de votos gerou ‘ruídos’. Segundo Campos Neto, a autoridade monetária precisa ‘comunicar que a decisão foi técnica’. O presidente do BC reconheceu que o dissenso acabou ‘influenciando a inflação implícita’. Conforme Campos Neto, ‘houve tentativa de politizar (a decisão do Copom) e daqui a seis meses vamos olhar para trás e ver que cometemos um erro de interpretação’. Ele ponderou ainda que existe uma preocupação com o tema fiscal na questão da desancoragem de expectativas de inflação futura, mas existe um debate sobre temas com efeitos fiscais positivos. ‘Tem uma preocupação fiscal, mas temos uma expectativa sobre ao debate de desvinculação dos pisos salariais e do salário mínimo’, afirmou.
Banco Monetário: Desafios Globais e Locais
Segundo Campos Neto, o crescimento do PIB brasileiro tem surpreendido para cima e ‘de fato temos conseguido um processo de desinflação com custo muito baixo’. Mas o tema mais importante entre os investidores globais continua sendo a inflação, afirmou o presidente do BC. Segundo Campos Neto, há uma preocupação pelo fato de o processo de desinflação ter ficado mais lento e de dúvidas sobre de onde virão os impulsos para que a queda cumpra a ‘última milha’. ‘A inflação está na última milha e ninguém ganha corrida sem correr essa última milha’, disse. ‘Esse tem sido um tema de grande debate entre os BCs mundiais’, complementou. Há, segundo o presidente do BC, discussões sobre quais forças podem contribuir para cumprir a última etapa da queda da inflação global em direção à meta. ‘A gente se pergunta de onde.’
Fonte: @ Valor Invest Globo
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