Paralisações devem acabar até 3 de julho. Categoria aceitou proposta de reajuste do governo Lula; técnicos-administrativos do ensino superior mantêm greve.
Os docentes das universidades federais optaram por finalizar a greve nacional neste domingo (23), que teve início em abril. O comunicado foi feito pelo Sindicato Nacional dos Docentes das instituições federais de ensino superior (Andes-SN). De acordo com a entidade, as paralisações serão totalmente encerradas entre 26 de junho e 3 de julho. O término da greve foi resultado de assembleias estaduais que aceitaram a proposta de reajuste enviada pelo governo federal. Os técnicos e docentes de instituições do país de ensino superior também anunciaram a suspensão das greves, exceto os técnicos ligados às universidades federais.
Enquanto os professores das universidades federais encerraram a greve nacional dos docentes, deflagrada em abril, os técnicos vinculados a essas mesmas instituições ainda não decidiram suspender a paralisação. A decisão de pôr fim à greve foi tomada após intensas negociações e deliberações nas assembleias estaduais. As universidades federais desempenham um papel crucial no cenário educacional do Brasil, e a retomada das atividades após o período de greve é um passo importante para a normalização do ensino superior no país.
Universidades Federais: Decisão de Encerrar Greve Nacional de Docentes
Após a conclusão das assembleias estaduais, com maioria votando a favor da proposta de reajuste do governo, as instituições de ensino superior federais estão se preparando para encerrar as paralisações. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) anunciou que o comando nacional da greve concordou em encerrar as paralisações a partir desta quarta-feira (26), com a assinatura de um acordo com o Ministério da Gestão e Inovação para formalizar os termos da proposta.
As paralisações devem ser finalizadas até o próximo dia 3 de julho, de acordo com o sindicato. O retorno às aulas dependerá da decisão de cada instituição federal de ensino, que terá autonomia para definir seu calendário acadêmico. A decisão de encerrar a greve marca o fim de mais de 60 dias de paralisação, com um movimento de abandono à greve por parte de professores de diversas instituições do país.
Até o momento, 55 universidades federais ainda estavam em greve, mas ao longo da última semana várias instituições sinalizaram a aceitação dos termos da proposta do governo e o abandono do movimento. Exemplos disso foram os docentes da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que optaram por retomar as aulas.
Além das universidades, outras categorias também decidiram encerrar a paralisação, como os professores e técnicos-administrativos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e unidades de ensino técnico e tecnológico. A greve nos IFs deve ser encerrada em breve, com a assinatura de um acordo junto ao Ministério da Gestão.
Os técnicos-administrativos vinculados às universidades federais também entraram em greve em abril, sendo a única classe a rejeitar a proposta de reajuste do governo. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) planeja reavaliar suas estratégias em uma reunião marcada para esta segunda-feira (24).
O Ministério da Gestão e Inovação pretende finalizar todas as negociações até quarta-feira (26). A proposta de reajuste aceita pelos professores das federais prevê aumentos em 2025 e 2026, com percentuais variados para cada categoria profissional, além da revogação de uma portaria que alterou a carga horária mínima semanal para os professores em 2020.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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