Manifestantes protestam contra sistema de cotas para combatentes da independência do Paquistão. Difíceis condições econômicas aumentam desemprego.
Recentemente, houve uma onda de protestos em Bangladesh, com estudantes se manifestando contra uma lei de cotas no serviço público. Os protestos ganharam força nas últimas semanas, resultando em confrontos violentos com as autoridades locais. Mais de 300 pessoas foram vítimas da repressão aos protestos, gerando indignação em toda a comunidade.
Os manifestações continuam a ocorrer em diversas regiões do país, com os manifestantes exigindo mudanças imediatas na política de cotas. A situação permanece tensa, com a população dividida entre apoiar ou condenar os protestos. A pressão internacional também está aumentando, com organizações de direitos humanos pedindo uma investigação imparcial sobre a repressão aos protestos.
Protestos no Bangladesh: Premiê renuncia e manifestantes exigem mudanças
Nesta segunda-feira (5), a líder do país, Sheikh Hasina, surpreendeu a todos ao renunciar ao cargo e fugir para a Índia, em meio aos crescentes protestos que tomaram as ruas nos últimos meses. As manifestações tiveram início em junho, após o Supremo Tribunal restabelecer o sistema de cotas para cargos públicos, revertendo uma decisão anterior do governo de Hasina de eliminá-lo em 2018. O governo contestou a decisão e o Supremo Tribunal do Bangladesh suspendeu a ordem anterior, marcando uma audiência para o dia 7 de agosto para analisar a contestação oficial.
Os protestos, liderados por estudantes e ativistas, têm como principal demanda a revogação da política que reserva 30% dos empregos públicos para as famílias dos combatentes da guerra de independência de 1971. Embora o estopim dos protestos tenha sido a revolta dos estudantes contra o sistema de cotas, analistas apontam que as difíceis condições econômicas, incluindo alta inflação, aumento do desemprego e esgotamento das reservas cambiais, têm alimentado o descontentamento popular.
Esses eventos representam o primeiro grande desafio ao governo de Hasina desde sua reeleição em janeiro, em um pleito marcado pelo boicote da principal oposição. A premiê expressou preocupação com as perdas de vidas durante os protestos e pediu calma à população, aguardando o veredito final do Supremo Tribunal. A situação no Bangladesh permanece tensa, com os manifestantes determinados a pressionar por mudanças no sistema de quotas e no governo como um todo.
Fonte: @ CNN Brasil
Comentários sobre este artigo