Queda de preços de materiais recicláveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte: valor médio caiu, de acordo com levantamento do Mercado Mineiro da Ancat. Indústria do plástico afetada. (148 caracteres)
Os preços de latinhas sofreram uma redução significativa neste ano, impactando diretamente a renda dos catadores. Com a queda nos preços de latinhas para reciclagem, os trabalhadores enfrentam desafios para atingir a quantidade necessária de material para garantir uma remuneração mínima. Segundo a Associação Nacional dos Catadores (Ancat), mais de 1 milhão de pessoas atuam nesse setor, buscando formas de lidar com a nova realidade dos preços de latinhas.
Essa diminuição nos valores médios das latinhas tem gerado preocupação entre os catadores, que buscam alternativas para manter sua subsistência. Com a necessidade de coletar uma quantidade maior de material para alcançar uma remuneração adequada, a situação se torna ainda mais desafiadora. Os preços de latinhas continuam a influenciar diretamente a vida desses trabalhadores, que buscam soluções para lidar com a oscilação dos valores médios.
Queda nos preços de latinhas na Região Metropolitana de Belo Horizonte
De acordo com um levantamento realizado pelo Mercado Mineiro, entre 29 de fevereiro e 1º de março, os valores médios do quilo de latinha de alumínio vazia variam entre R$ 4,50 e R$ 6,20 em 21 estabelecimentos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para atingir o salário mínimo, os catadores precisam coletar 259 quilos de latinhas ou 19.440 unidades, levando em consideração o valor médio de R$ 5,45.
Impacto da desvalorização nos materiais recicláveis
Segundo o levantamento, os preços médios dos recicláveis sofreram uma redução de até 79,3% em 2024. O valor médio do quilo da latinha teve uma queda de 15,3%, passando de R$ 6,43 para R$ 5,45. Em contrapartida, em São Paulo, o preço médio do quilo da latinha de alumínio é de R$ 5, conforme levantamento feito pelo Terra.
Além das latinhas, outros materiais como a garrafa PET e o papel também apresentaram desvalorização significativa. No caso da garrafa PET, é necessário coletar 1.155 kg para atingir o salário mínimo, com um valor médio de R$ 1,22 por quilo. No ano anterior, o preço era de R$ 2,18. Já no papelão, o catador precisa coletar 8.199 kg, sendo que o papel branco registrou uma queda de 78,5%, passando de R$ 0,64 para R$ 0,14 por quilo.
Reciclagem e a indústria do plástico
O Brasil é reconhecido mundialmente pelo potencial de reciclagem das latinhas, alcançando uma marca inédita em 2022. No referido ano, o país reciclou a mesma quantidade de latinhas de alumínio que produziu, totalizando 390 mil toneladas recicladas, equivalente à produção de 389 mil toneladas de latas, conforme dados da Recicla Latas e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
Fonte: @ Terra
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