Nível de Lagoa dos Patos subiu 31cm em relação à histórica de 1941, marcando um aumento repentino. Áreas de risco encharcadas, solos cheios e regiões evacuadas na histórica Lagoa, década de 1940.
O nível da Lagoa dos Patos, no estado do Rio Grande do Sul, alcançou uma nova marca, ultrapassando o recorde histórico estabelecido durante as cheias de 1941.
Essa elevação no nível da Lagoa dos Patos representa um fenômeno notável, que impacta diretamente a região e sua biodiversidade. A marca atingida é um reflexo das condições climáticas atuais, demonstrando a importância de monitorar de perto os recursos hídricos do Brasil.
Nível histórico de água atinge 2,36 metros na Lagoa dos Patos;
Conforme informado pela prefeitura de Rio Grande na noite de sexta-feira (10), o nível atingiu 2,36 metros, estabelecendo-se 1,56 metros acima da normalidade. Essa elevação atual representa um acréscimo de 31 centímetros em comparação com o recorde anterior de 2,05 metros. Os dados mais recentes da Agência Nacional de Águas (ANA), atualizados hoje, indicam que outras três estações monitoradas na região apresentaram os seguintes níveis: Arambaré: 2,49 metros, Laranjal: 2,48 metros, São Lourenço: 2,45 metros.
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) produziu mapas das áreas de risco com as cheias decorrentes desse repentino aumento na Lagoa dos Patos. Municípios como Pelotas, São Lourenço do Sul, Rio Grande e outros localizados às margens da Lagoa dos Patos podem enfrentar impactos com esse aumento. O mapa também destaca duas cidades que não pertencem à região metropolitana: Pareci Novo e Barra do Ribeiro.
A conexão entre a Lagoa dos Patos e o Guaíba, que recentemente registrou um nível histórico de 5,33 metros, intensifica as preocupações. A previsão é de que grandes rios do estado, como o Taquari, Jacuí e Sinos, deságuem na região. Durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) fez um apelo para que as pessoas que vivem em áreas de risco não retornem às regiões evacuadas.
Eduardo Leite alertou sobre as chuvas previstas para os próximos dias, indicando a possibilidade de um repique do que foi observado nos últimos dias e semanas. Rios como o Taquari e Jacuí, que já foram afetados, podem contribuir para o aumento do nível na região metropolitana. Há também o risco de deslizamentos em locais onde o solo está encharcado.
Fonte: @ CNN Brasil
Comentários sobre este artigo