Seis novos casos investigados após enchentes em municípios gaúchos, com mortes notificadas, casos confirmados e notificados pela Secretaria de Saúde.
Mais de 60 dias após as primeiras inundações registradas no Rio Grande do Sul, o estado já soma 546 casos confirmados de leptospirose e 25 óbitos causados pela doença infecciosa febril aguda. Informações da Secretaria de Saúde indicam que, no total, 6.520 casos foram notificados, com 3.811 ainda em processo de investigação.
A contaminação pela leptospirose pode ocorrer através do contato com água ou lama contaminada pela urina de animais infectados, resultando em sintomas compatíveis como febre, dores musculares e de cabeça. É fundamental buscar tratamento médico ao apresentar sinais da doença, pois o diagnóstico precoce pode evitar complicações graves.
Leptospirose: Doença Infecciosa Febril Aguda em Municípios Gaúchos
Há ainda seis mortes notificadas que seguem sendo investigadas. Os óbitos foram notificados nos seguintes municípios gaúchos: Teutônia (1); São Jerônimo (1); Esteio (1); Estrela (1); Capela de Santana (1); Rio Grande (1); Pelotas (1); Venâncio Aires (1); Três Coroas (1); Travesseiro (1); Sapucaia do Sul (1); Igrejinha (1); Guaíba (1); Encantado (1); Charqueadas (1); Cachoeirinha (1); Alecrim (1); Canoas (2); Viamão (2); São Leopoldo (2); Alvorada (2); Novo Hamburgo (2); e Porto Alegre (4).
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A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou lama de locais com enchente. O contágio pode ocorrer a partir do contato da pele com água contaminada, além de mucosas. Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. Considerando o atual cenário de chuvas e cheias em várias regiões do estado, casos suspeitos oriundos de áreas de alagamento e com sintomas compatíveis com a doença devem iniciar tratamento medicamentoso imediato, por meio do uso de antibióticos. Quando possível, deve ser coletada amostra a partir do sétimo dia do início dos sintomas para envio ao Laboratório Central do estado. Para casos leves, a orientação é que o atendimento seja ambulatorial. Em casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, costuma ter maior eficácia na primeira semana do início dos sintomas.
Medidas de Prevenção e Limpeza para Combater a Leptospirose
Em locais invadidos por água de chuva, a recomendação da Secretaria de Saúde é fazer a desinfecção do ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água. Outras medidas de prevenção são: manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos e retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer. Além disso, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais são medidas que ajudam a evitar a presença de roedores. A luz solar também ajuda a matar a bactéria. Porto Alegre promove a maior faxina solidária do Rio Grande do Sul.
Vigilância e Monitoramento da Leptospirose em Municípios Gaúchos
Desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde monitora doenças e agravos relacionados a esse tipo de calamidade. Até o último dia 3, além dos casos de leptospirose, foram notificadas 10 vítimas de tétano acidental, sendo quatro confirmadas; 25 casos de Leptospirose; 10 casos confirmados de leptospirose; 25 casos notificados de leptospirose.
Fonte: @ CNN Brasil
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