Os fundadores de Kabum apresentaram projeto: dissolver negócio com varejista, reunião extra, debater e votar, responsabilidade adm., processo arbitragem, intetivos abusivos, pedir produção antecipada, apresentar provas, negociando quase 2 anos com compradores, venderam e-commerce, desempenho faturamento. (137 characters)
O colegiado da Magazine Luiza anunciou a convocação de uma assembleia geral extraordinária para analisar a responsabilidade do presidente do Grupo, Francisco Trajano. A solicitação para tal encontro partiu dos irmãos Leandro e Thiago Ramos, sócios minoritários e criadores do Kabum, que desejam discutir e votar a responsabilidade do executivo, em uma medida que promete movimentar o cenário corporativo.
Essa ação, que surge em meio a um contexto de tensões, pode desencadear um intenso debate no universo empresarial. A possível investigação sobre Trajano e a condução do processo podem trazer à tona questionamentos cruciais sobre a gestão da empresa. Em meio a uma série de desdobramentos, a parceria estratégica entre o Magazine Luiza e o Kabum pode enfrentar turbulências inesperadas. A responsabilidade do presidente Trajano está agora no centro das atenções, aguardando os desfechos dessa intrigante trama corporativa.
Acusações e Responsabilidade na Assembleia Extraordinária
A assembleia geral extraordinária virtual está marcada para acontecer a partir das 16 horas, e os participantes interessados em debater e votar devem realizar seus cadastros previamente. Com base no artigo 159 da Lei das S.As, os irmãos Ramos têm a responsabilidade de buscar reaver os prejuízos sofridos em seu patrimônio como parte da empresa.
O erro contábil, que resultou em um reajuste significativo de R$ 829,5 milhões e foi reconhecido pela companhia em novembro de 2023, é apenas um dos desdobramentos da falta de controles rigorosos. Esse problema é algo sobre o qual o Sr. Frederico Trajano está sendo acusado há bastante tempo, não somente por Thiago Ramos e Leandro Ramos, mas também por outros administradores.
Processo de Investigação e Acusações Recíprocas
Em resposta à proposta apresentada pelos Ramos, Trajano declarou em carta enviada ao conselho de acionistas do Magazine Luiza que os antigos proprietários estão buscando receber valores indevidos. Além disso, afirmou que os irmãos abusam do sistema jurídico para atingi-lo pessoalmente.
O embate entre os Ramos e a varejista tem sido destaque nos meios de comunicação em 2023 desde que Leandro e Thiago decidiram desfazer a negociação bilionária. Em fevereiro, eles recorreram à Justiça para solicitar a produção antecipada de provas contra o Itaú BBA, responsável pelo processo de venda do e-commerce, acusando o banco de investimentos e o executivo da área de fusões e aquisições, Ubiratan Machado, de ter favorecido o Magazine Luiza nesse processo.
Desafio na Arbitragem e a Ação de Responsabilidade
Em julho, os irmãos Ramos recorreram à Câmara de Comércio Brasil-Canadá para solicitar a abertura de um processo de arbitragem contra a varejista. As opções incluíam desde a anulação do acordo até compensações financeiras por parte do Magalu. A expectativa deles é assegurar os valores originalmente acordados, que giravam em torno de R$ 3,5 bilhões.
Trajano respondeu às alegações dos fundadores do Kabum, denominando a postura dos irmãos como uma ‘cruzada’ contra a empresa, visando obter ‘benefícios que não lhes são devidos’. Ele apontou que os antigos acionistas estão direcionando seus esforços de forma abusiva, buscando prejudicar a companhia.
Danos Financeiros e Responsabilidade Compartilhada
A queda no valor das ações teria dado início à crise. Após quase dois anos em negociação com diversos potenciais compradores, em julho de 2021, os irmãos Ramos venderam o e-commerce de tecnologia para o Magazine Luiza por R$ 1 bilhão à vista.
O valor total da transação poderia atingir R$ 3,5 bilhões, com parte do pagamento sendo feito mediante ações da varejista na Bolsa, dependendo do desempenho do faturamento da empresa nos anos seguintes. No entanto, em menos de seis meses, o valor das ações da varejista ‘derreteu’ na Bolsa devido a uma série de fatores macroeconômicos e problemas no setor de varejo.
Diante desse cenário, a ação do Magalu, que era negociada acima de R$ 20 em julho, chegou a ser vendida por R$ 7,22 em dezembro do mesmo ano. A responsabilidade dos envolvidos nessa situação deve ser cuidadosamente avaliada, levando-se em consideração os interesses em jogo.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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