Estudo publicado revela alterações genéticas ligadas a condição de movimentos incontroláveis durante o sono, afetando idosos e mulheres.
Uma pesquisa recente, divulgada na revista científica Nature Genetics em 5 de junho, revelou indícios genéticos que podem estar ligados às origens da síndrome das pernas inquietas, uma condição marcada por sensações de formigamento, desconforto e um desejo incontrolável de movimentar as pernas.
Além disso, o estudo também apontou possíveis conexões entre a SPI e outros distúrbios do sono, destacando a complexidade das interações genéticas envolvidas na inquietude das pernas. Essas descobertas representam um avanço significativo no entendimento da epigenética por trás da síndrome e abrem caminho para futuras pesquisas nessa área.
Síndrome das Pernas Inquietas: Novo Estudo Publicado
A síndrome das pernas inquietas, também conhecida como SPI, é uma condição caracterizada pela incontrolável necessidade de mexer as pernas, um distúrbio do sono relacionado aos movimentos na Classificação Internacional dos Distúrbios de Sono (ICSD3). Esta condição afeta um número significativo de pessoas, com aproximadamente um a cada 10 idosos apresentando sintomas, sendo que de 2 a 3% deles são gravemente afetados.
Descobertas Revelam Mais sobre a Síndrome das Pernas Inquietas
Estudos anteriores identificaram fatores de risco para o surgimento da síndrome, como depressão, ansiedade, doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. No entanto, as causas exatas da condição ainda são desconhecidas. Pesquisadores têm se dedicado a identificar biomarcadores que possam auxiliar no diagnóstico precoce da doença.
Avanços na Pesquisa Genética da Síndrome das Pernas Inquietas
Um estudo recente realizado por pesquisadores do Instituto Helmholtz de Neurogenômica de Munique, do Instituto de Genética Humana da Universidade Técnica de Munique (TUM) e da Universidade de Cambridge analisou dados genômicos de pacientes com SPI. Ao combinar informações de mais de 100 mil pacientes afetados e 1,5 milhão de pessoas saudáveis, a equipe identificou mais de 140 novos loci de risco genético para a síndrome.
Implicações Clínicas e Terapêuticas da Pesquisa
As descobertas deste estudo representam um avanço significativo no entendimento da base genética da síndrome das pernas inquietas. A identificação de novos loci de risco genético pode abrir caminho para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para a condição. Os pesquisadores destacaram a importância de explorar alvos terapêuticos, como os receptores de glutamato 1 e 4, para potenciais intervenções medicamentosas.
Perspectivas Futuras e Impacto na Qualidade de Vida
Steven Bell, co-autor do estudo, ressaltou a relevância dessas descobertas para a gestão e tratamento da síndrome das pernas inquietas. Com um maior entendimento da base genética da condição, espera-se melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas afetadas em todo o mundo. O estudo sinaliza para um futuro promissor na abordagem terapêutica dessa condição comum, mas pouco compreendida.
Fonte: © CNN Brasil
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