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A chegada à Terra depende de condições ideiais: superfície lunar, órbita pré-definida da lua, horário de Brasília lunar, motor de 1.500 newtons.
O elevador da missão chinesa Chang’e-6 partiu da Lua nesta manhã de terça-feira (4), transportando consigo as amostras recolhidas do lado escondido da Lua, um marco inédito na história da exploração humana lunar. A sonda foi direcionada para uma órbita previamente estabelecida ao redor da Lua, conforme informado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA).
A missão chinesa Chang’e-6 revelou segredos do lado escondido da Lua, trazendo consigo valiosas amostras lunares para estudo adicional. A exploração desse lado escondido da Lua representa um avanço significativo na pesquisa espacial, abrindo novas possibilidades para a compreensão do nosso satélite natural e do universo como um todo.
Exploração da Lua: Chang’e-6 Alcança a Órbita Lunar Pré-Definida
A decolagem da missão Chang’e-6, ocorrida no horário de Brasília lunar às 7h38, revelou um feito notável ao partir do lado escondido da Lua. Com um motor de 3 mil newtons impulsionando a sonda, esta foi direcionada para sua órbita lunar pré-definida, conforme planejado pela CNSA.
A composição da Chang’e-6, composta por um orbitador, módulo de aterrissagem, ascensor e módulo de retorno, assemelha-se à sua antecessora Chang’e-5. Lançada em 3 de maio, a sonda pousou com sucesso na área designada na Bacia do Polo Sul-Aitken (SPA) em 2 de junho.
Durante a missão, a coleta de material lunar foi realizada de forma inteligente e eficaz, com amostras armazenadas no ascensor da sonda. Os pesquisadores, baseando-se em dados do satélite Queqiao-2, executaram amostragens simuladas para apoiar as operações da missão em cada etapa.
A resistência da missão ao teste de alta temperatura no lado oculto da Lua foi destacada pela CNSA, evidenciando a robustez da sonda. A coleta de amostras foi realizada por meio de métodos variados, incluindo o uso de uma broca para amostras subsuperficiais e um braço robótico para captura de amostras na superfície lunar.
Ge Ping, porta-voz da missão, enfatizou a importância das análises das amostras coletadas para a compreensão da formação da Lua e do sistema solar. A presença de múltiplas cargas úteis no módulo de aterrissagem permitiu a realização de explorações científicas detalhadas, contribuindo para avanços significativos na pesquisa lunar.
O detector de estrutura do solo lunar desempenhou um papel crucial na análise da estrutura subterrânea do solo lunar, fornecendo dados essenciais para futuras missões. Após a conclusão da coleta, a bandeira nacional chinesa foi desfraldada no lado oculto da Lua, marcando um momento histórico para a missão.
A autonomia da Chang’e-6 durante a decolagem do lado oculto da Lua foi ressaltada, destacando a capacidade da sonda de realizar posicionamento e orientação autônomos. Com a comunicação facilitada pelo Queqiao-2, a missão avançou com sucesso, superando desafios únicos em sua jornada de exploração lunar.
Fonte: @ Agencia Brasil
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