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A China realizou com sucesso a primeira missão nacional de coleta de rochas lunares, trazendo benefícios estratégicos.
A sonda lunar Chang’e-6 da China partiu do lado visível da Lua nesta terça-feira (4), chegando mais perto de completar uma missão ambiciosa que sublinha a ascensão do país como uma superpotência espacial. Em um momento simbólico antes da decolagem, a China também se tornou o primeiro país a exibir sua bandeira nacional no lado visível da Lua, que permanentemente fica voltado para longe da Terra.
A sonda, carregando as primeiras rochas lunares já coletadas do lado oculto da Lua, decolou e entrou em órbita lunar no início da manhã de terça-feira, horário de Pequim, após uma coleta bem-sucedida de amostras nos dois dias anteriores, de acordo com um comunicado da Administração Espacial Nacional da China (CNSA). O retorno bem-sucedido das amostras daria à China uma vantagem inicial em aproveitar os benefícios estratégicos e científicos da exploração lunar expandida – um campo cada vez mais competitivo que contribuiu para o que o chefe da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), Bill Nelson, chama de uma nova ‘corrida espacial’.
Missão Ambiciosa: Sonda Chinesa na Lua
A sonda chinesa que foi à Lua está dando início às manobras de retorno para a Terra após pousar no lado oculto da Lua em uma missão histórica de coleta do solo. Esta missão espacial, que pode desvendar segredos do lado oculto da Lua, é a segunda vez que a China coleta amostras da Lua, após a bem-sucedida missão Chang’e-5 trazer de volta rochas do lado visível em 2020.
A China está impulsionando a urgência americana de retornar à Lua, décadas após as missões tripuladas Apollo. Uma foto postada pela CNSA mostra a superfície perfurada em uma forma que se assemelha ao caractere chinês ‘zhong’, o primeiro caractere na palavra chinesa para ‘China’.
A sonda Chang’e-6 resistiu ao teste de altas temperaturas e coletou as amostras perfurando a superfície lunar e recolhendo o solo e as rochas com um braço mecânico. Após a coleta, a Chang’e-6 ergueu a bandeira chinesa, feita de basalto rochoso vulcânico, projetada para resistir às condições extremas no lado oculto da Lua.
Um engenheiro da Chang’e-6 mencionou que a superfície lunar é rica em basalto e que transformar esse material em fibras pode ser crucial para futuras construções na Lua.
A missão histórica da Chang’e-6 pousou com sucesso na Bacia de South Pole-Aitken, a mais antiga bacia de impacto lunar, formada há cerca de 4 bilhões de anos. Este foi o segundo pouso bem-sucedido no lado oculto da Lua, após a China ter realizado esse feito histórico pela primeira vez em 2019 com a sonda Chang’e-4.
A missão, que começou em 3 de maio e deve durar 53 dias, pode ser um marco importante na tentativa da China de se tornar uma potência espacial dominante. Os planos incluem levar astronautas à Lua até 2030 e construir uma base de pesquisa em seu polo sul, região que se acredita conter gelo de água.
As amostras coletadas pelo módulo de pouso Chang’e-6 podem fornecer pistas cruciais sobre a origem e evolução da Lua, da Terra e do Sistema Solar, enquanto a missão fornece dados importantes e prática técnica para avançar as ambições lunares da China.
Fonte: © CNN Brasil
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