Antônio Carlos Pipponzzi, empresa líder: conflitos entre segundas gerações sobre remuneração e benefícios, estruturada lidar quase falência, sucessão, próxima geração mantém modelo maior problema.
Publicidade Quando a hora da sucessão familiar chegou na Farmácia Popular, Maria da Silva já estava ciente dos desafios que uma empresa de família poderia enfrentar. Seu avô, João da Silva, assumiu a responsabilidade de dar continuidade à pequena rede de farmácias estabelecida por seu pai no início do século XX. Ele contava com o apoio de seus filhos e demais parentes, que eram os herdeiros da empresa.
No entanto, a sucessão não foi um processo simples. Maria precisou lidar com questões delicadas relacionadas à sucessão de negócios, garantindo que os valores e a visão da Farmácia Popular fossem preservados. A transição de gerações exigiu planejamento estratégico e diálogo aberto entre os membros da família, a fim de assegurar o crescimento e a sustentabilidade do empreendimento familiar a longo prazo.
Sucessão Familiar na Empresa Raia Drogasil
A sucessão familiar na empresa Raia Drogasil foi marcada por desafios e aprendizados ao longo das gerações. Arthuro tomou a decisão de abrir mão de duas unidades para garantir a autonomia e continuidade dos negócios. A relação pouco estruturada da segunda geração com a herança foi um ponto crucial, ensinando valiosas lições para Antônio Carlos quando ele entrou no empreendimento.
Antônio Carlos, ainda estudante de engenharia, abriu mão de seu mestrado para se juntar à empresa, tornando-se presidente do conselho por 35 anos e posteriormente assumindo a posição de chairman após o IPO. Com três gerações envolvidas e um valor de mercado significativo, a empresa enfrentou desafios que moldaram sua trajetória.
Os conflitos enfrentados, como lidar com remuneração, benefícios e escolhas, foram superados com base nas experiências anteriores. A falta de regras claras na segunda geração resultou em desafios, incluindo uma tentativa malsucedida de IPO que quase levou a empresa à falência em 2007.
Apesar dos altos e baixos, a família conseguiu preservar uma governança informal que guiou suas ações. A importância de estabelecer regras de convivência e governança foi fundamental para a sobrevivência e crescimento do negócio ao longo dos anos.
A experiência de Antônio Carlos e seus irmãos ilustra os desafios comuns enfrentados pela segunda geração em empresas familiares. A necessidade de criar uma mentalidade de sócios, além de familiares, é essencial para garantir a continuidade e sucesso do negócio.
Ana Karina Bortoni destaca que a segunda geração muitas vezes enfrenta dificuldades adicionais, com apenas cerca de 30% das empresas chegando até essa etapa. A transição para uma governança mais profissionalizada e a mentalidade de sócios são fundamentais para o sucesso a longo prazo.
Pipponzzi ressalta a importância de adaptar-se à governança e não o contrário. Definir claramente os termos de saída para familiares interessados em vender suas participações e buscar consultorias externas para avaliar salários e estratégias são medidas essenciais para garantir uma sucessão familiar bem-sucedida.
Fonte: @ Info Money
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