Idósos com memória igual a jovens de 60 a 70 anos fascinam ciência. Estudo revela especiais traites do cérebro deles: pessoas, jovens (60-70), capacidade de memória, idosos (>80), hipocampo, córtex, entorrinal, regiões frontal, baixos níveis de Alzheimer marcadores, resistência ao declínio. (148 caracteres)
Ao falarmos sobre envelhecimento, muitas vezes acreditamos que a cognição diminui à medida que envelhecemos, mas estudos recentes mostram que isso pode não ser necessariamente o caso. A pesquisa sobre superidados revela que algumas pessoas mais velhas têm habilidades cognitivas excepcionais, desafiando a ideia convencional de que a memória e o pensamento se deterioram com a idade.
Além disso, indivíduos com excelente memória para a idade estão demonstrando que a capacidade de processar informações e lembrar detalhes pode permanecer aguçada ao longo dos anos. Essas descobertas desafiam os estereótipos sobre pessoas idosas e destacam a importância de reconhecer a diversidade de habilidades cognitivas em diferentes faixas etárias. A compreensão das habilidades cognitivas de pessoas com excelente capacidade de memória pode levar a avanços significativos na pesquisa sobre o envelhecimento saudável.
Estudos sobre Superidosos e sua Excepcional Capacidade de Memória
Nossos pensamentos podem se tornar mais lentos ou confusos, ou podemos começar a esquecer das coisas, como o nome do nosso professor de matemática do ensino médio ou o que pretendíamos comprar no supermercado. Mas esse não é o caso para todos. Por pouco mais de uma década, cientistas têm estudado um subconjunto de pessoas que eles chamam de ‘superidosos’. Esses indivíduos têm 80 anos ou mais, mas possuem a capacidade de memória de uma pessoa entre 20 e 30 anos mais jovem. Superidosos são conhecidos por apresentarem uma capacidade de memória similar a de pessoas com excelente capacidade de memória Foto: MIA Studio/AdobeStock
A maior parte da pesquisa sobre envelhecimento e memória foca no outro lado da equação — pessoas que desenvolvem demência em seus últimos anos. Porém, ‘se estamos constantemente falando sobre o que está dando errado no envelhecimento, isso não captura todo o espectro do que está acontecendo na população de adultos mais velhos’, diz Emily Rogalski, professora de neurologia na Universidade de Chicago, que publicou um dos primeiros estudos sobre superidosos em 2012. Um artigo publicado recentemente no Journal of Neuroscience ajuda a esclarecer o que há de tão especial no cérebro dos superidosos. A maior descoberta, em combinação com um estudo que saiu no ano passado sobre o mesmo grupo de indivíduos, é que o cérebro deles tem menos atrofia do que o de seus pares. A pesquisa foi conduzida com 119 octogenários da Espanha: 64 superidosos e 55 adultos mais velhos com habilidades de memória normais para a idade deles. Os participantes completaram múltiplos testes avaliando a memória e as habilidades motoras e verbais; passaram por varreduras cerebrais e coletas de sangue; e responderam perguntas sobre estilo de vida e comportamento. Os cientistas descobriram que os superidosos tinham mais volume em áreas do cérebro importantes para a memória, mais notavelmente o hipocampo e o córtex entorrinal. Eles também tinham uma conectividade melhor preservada entre regiões na parte frontal do cérebro que estão envolvidas na cognição. Tanto os superidosos quanto o grupo de controle mostraram sinais mínimos da doença de Alzheimer no cérebro. Leia também Ela viajou o mundo atrás dos segredos de pessoas idosas que chegaram aos cem anos – e isso foi o que ela descobriu Estudo identifica 15 fatores de risco para a demência precoce; veja quais são e como preveni-los Sinais precoces de Alzheimer podem começar pelos olhos, sugere estudo; veja o que isso significa ‘Tendo dois grupos que têm baixos níveis de marcadores de Alzheimer, mas diferenças cognitivas marcantes e diferenças impressionantes em seu cérebro, então estamos realmente falando de uma resistência ao declínio relacionado à idade’, analisa Bryan Strange, professor de neurociência clínica na Universidade Politécnica de Madrid, que liderou os estudos. Esses achados são corroborados pela pesquisa de Rogalski, inicialmente conduzida quando ela estava na Universidade Northwestern, que mostrou que o cérebro dos superidosos
Superidosos: Excepcional Memória e Resistência ao Declínio
apresenta características únicas. Os superidosos desafiam as expectativas com sua capacidade de memória excepcional, que se equipara à de pessoas entre 20 e 30 anos. Enquanto a maioria das pesquisas se concentra nos desafios enfrentados por pessoas idosas e indivíduos com excelente memória para a idade, os superidosos destacam-se por sua notável resistência ao declínio cognitivo. O estudo recente publicado no Journal of Neuroscience revela insights valiosos sobre o cérebro desses indivíduos excepcionais. Os resultados indicam que os superidosos apresentam menos atrofia cerebral em comparação com seus pares mais velhos com habilidades de memória típicas para a idade. A pesquisa, realizada com 119 octogenários espanhóis, demonstrou que os superidosos exibem maior volume em áreas cerebrais cruciais para a memória, como o hipocampo e o córtex entorrinal. Além disso, eles mostraram uma conectividade aprimorada entre regiões frontais do cérebro envolvidas na cognição. Tanto os superidosos quanto o grupo de controle exibiram poucos sinais da doença de Alzheimer em seus cérebros. Essas descobertas apontam para uma resistência única ao declínio cognitivo relacionado à idade entre os superidosos, como observado pelo professor Bryan Strange da Universidade Politécnica de Madrid. A pesquisa de Rogalski, que acompanha esses indivíduos excepcionais, destaca a singularidade de seus cérebros e sua capacidade de manter habilidades cognitivas robustas ao longo dos anos. A investigação contínua sobre os superidosos promete fornecer insights valiosos sobre o envelhecimento saudável e a preservação da memória em idades avançadas.
Fonte: @ Estadão
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