Agentes cumpriram mandados de prisão contra suspeitos na terça-feira. Também fizeram transplante de medula com cinco frascos entregues.
RIO DE JANEIRO, RJ (GLOBO/FOLHAPRESS) – A Polícia Federal do Rio de Janeiro deteve quatro indivíduos por desviar aproximadamente R$ 3 milhões que seriam utilizados para a compra de remédios para uma senhora de 70 anos com diabetes crônica, em Niterói (RJ). Agentes cumpriram ordens de prisão contra os acusados na tarde da quinta-feira (18).
Os medicamentos desviados foram encontrados em um depósito clandestino na região central da cidade. A investigação apontou que o grupo vendia os remédios ilegalmente, prejudicando o acesso da população aos tratamentos necessários. A polícia continua a apuração para identificar outros envolvidos no esquema de desvio de remédios. tratamento
Investigação revela esquema criminoso envolvendo desvio de remédio para menina com neuroblastoma
Além das detenções realizadas, os agentes encarregados da operação também procederam com buscas e apreensões em endereços vinculados aos investigados em Caçapava (SP), onde estava sediado o proprietário da empresa, além de Porto Alegre e São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Os suspeitos teriam desviado o montante destinado à aquisição do remédio da menina, conhecida como Yasmin.
O governo do Paraná efetuou o pagamento de R$ 2,4 milhões à empresa sob investigação para a aquisição do medicamento, porém apenas 10% das doses adquiridas foram de fato entregues. O esquema criminoso foi descoberto em junho passado. Devido à não entrega do medicamento, o governo estadual se viu obrigado a adquirir o remédio de outro fornecedor para o tratamento da menina.
No início de julho, foram entregues cinco frascos do remédio e a criança está atualmente em tratamento, embora não haja informações recentes sobre seu estado de saúde. Yasmin luta contra um neuroblastoma desde os 5 anos de idade. Ela já passou por cirurgias para combater o câncer, recebeu sessões de quimioterapia e um transplante de medula, porém a doença ressurgiu.
Devido ao alto custo do remédio, a família da menina recorreu à Justiça do Paraná para que o governo arcasse com as despesas do medicamento, obtendo uma decisão favorável. Contudo, enfrentaram a ação dos golpistas que desviaram os recursos e não forneceram o produto.
A empresa sob investigação falhou em entregar o produto adquirido pelo estado do Paraná. Segundo a polícia, a empresa teria enviado somente uma das seis ampolas do medicamento Danyelza que foram adquiridas.
Os suspeitos estão sendo investigados por estelionato, organização criminosa, emissão de nota fiscal falsa e lavagem de capital. Conforme informações da Polícia Civil do Paraná, o proprietário da empresa, detido em Cascavel, passou por audiência de custódia na Justiça de São Paulo, que determinou a manutenção de sua prisão. Atualmente, ele permanece sob custódia no sistema prisional paulista, aguardando possíveis transferências para o Paraná, onde o caso está em andamento.
Devido à não divulgação das identidades dos suspeitos, não foi possível localizar seus representantes legais. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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