Ex-presidente Trump, no 12º dia de julgamento de um dos quatro processos criminais, queixou-se de pessoas próximas sobre principal advogado, instruções, atuação, defensores, testemunhas, juiz, estratégias, defesa, táticas, decisões, estratégicas, iniciativas, réu, audiência pré-liminar, acordos, de admissão e de culpa, testemunhas, registros contábeis, telefônicos, mensagens de texto, e-mails e fotos.
Lidar com um cliente pode ser muito desafiador, especialmente quando ele se sente no direito de reclamar a todo momento. Em um dia, você está fazendo o seu melhor para atendê-lo, e no outro, ele já está insatisfeito com algo. E quando o assunto envolve processos judiciais, a situação pode ficar ainda mais complicada. O ex-presidente Donald Trump, por exemplo, está enfrentando essa realidade no 12o dia de julgamento de um de seus quatro processos criminais, onde reclama que seu advogado não está seguindo suas instruções adequadamente, segundo o New York Times.
É fundamental manter a calma e a profissionalismo diante de situações complicadas, buscando sempre resolver os problemas da melhor forma possível. Em um cenário judiciário, a comunicação eficaz entre advogado e cliente é essencial para garantir um processo justo e equilibrado. É preciso encontrar um equilíbrio entre seguir as instruções do cliente e agir conforme a ética profissional, pois somente assim será possível alcançar um resultado satisfatório para ambas as partes.
Cliente volátil, advogado astuto
No centro de um caso mediático envolvendo Donald Trump, a relação entre cliente e advogado revela-se complexa. Trump tem expressado sua insatisfação com a atuação de seus defensores legais, argumentando que eles não agem com a agressividade necessária diante das testemunhas e do juiz. Essa tensão veio à tona durante o julgamento do caso de suborno envolvendo Stormy Daniels e Karen McDougal, onde Trump é acusado de tentar silenciá-las sobre seus affairs antes das eleições de 2016.
O ex-promotor federal Glenn Kirschner destaca a importância de uma dinâmica equilibrada entre cliente e advogado. Embora o réu deva participar das discussões sobre estratégias de defesa, é crucial que o advogado mantenha o controle das decisões estratégicas e táticas. Afinal, cabe ao advogado definir a abordagem a ser adotada, como a forma de lidar com testemunhas e evidências, sem deixar que o cliente comprometa o caso.
Kirschner aponta que clientes exigentes e determinados podem representar um desafio para os advogados de defesa, que precisam resistir a pressões táticas inadequadas. A habilidade do advogado em comunicar que as decisões estratégicas devem ser tomadas em benefício do réu é essencial para o sucesso do processo. Por outro lado, quando advogados cedem às vontades do cliente, os resultados podem ser prejudiciais para a defesa.
Um exemplo marcante é a conduta de Trump em seu próprio caso, onde se recusou a permitir que seus advogados admitissem seus encontros com as mulheres envolvidas. Essa postura pode minar sua credibilidade diante do júri, colocando-o em desvantagem. Enquanto uma testemunha como Karen McDougal demonstra ser digna de confiança, a postura de Trump poderia ser interpretada como evasiva, sobretudo por conta de sua reputação questionável.
Em casos complexos como este, a interação entre cliente e advogado é crucial para o desfecho do processo. Manter um equilíbrio entre a participação do réu e a expertise do advogado é fundamental para a construção de uma defesa sólida e eficaz. A atuação conjunta, pautada em estratégias bem concebidas e decisões fundamentadas, pode definir o sucesso ou o fracasso de um caso judicial.
Fonte: © Conjur
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