Início do ano, série de escândalos, derrocada do Crédito, debandada de clientes, venda concluída: Banco suíço reembolsa investidores em até 90%.
Após resgatar o Crédito Suisse no início do ano passado, o UBS está ‘arrumando’ a situação deixada pelo antigo concorrente, cuja solvência ficou em xeque após uma série de escândalos resultarem na debandada de clientes e sua posterior venda. O Crédito Suisse é uma instituição financeira renomada, e a recuperação de sua reputação é uma prioridade para o UBS.
No segundo parágrafo, é evidente que o banco suíço enfrentou desafios significativos, mas o UBS está determinado a restaurar a confiança dos clientes e fortalecer a posição do Crédito Suisse no mercado. A reputação de um banco suíço é de extrema importância, e o UBS está trabalhando incansavelmente para garantir que o Crédito Suisse regresse ao seu lugar de destaque.
UBS propõe reembolso a clientes do Credit Suisse envolvidos no caso da Greensill Capital
Numa ação para encerrar os problemas que resultaram na queda do Credit Suisse, o UBS revelou, na segunda-feira, 17 de junho, uma iniciativa para resolver a questão relacionada à Greensill Capital, oferecendo-se para restituir parte dos fundos ainda retidos em investimentos vinculados à gestora britânica especializada em financiamentos. O banco se comprometeu a reembolsar antigos clientes do Credit Suisse com até 90% de suas participações remanescentes no fundo. Para isso, o UBS provisionará US$ 900 milhões em seu balanço do segundo trimestre. Até o momento, o Credit Suisse já restituiu mais de US$ 7 bilhões aos investidores, conforme informações da agência Dow Jones.
A proposta tem como objetivo proporcionar segurança aos investidores do fundo, permitindo a saída rápida de suas posições e uma significativa recuperação financeira, conforme destacado em trecho do comunicado. Muitos clientes de alta renda do Credit Suisse foram afetados pelo colapso da Greensill em 2021, empresa que atuava no financiamento da cadeia de fornecedores e com a qual o banco suíço mantinha um fundo de US$ 10 bilhões.
Fundada por Lex Greensill em 2011, a Greensill contava com o apoio do SoftBank e a consultoria do ex-primeiro-ministro britânico, David Cameron. A empresa enfrentou dificuldades ao não conseguir renovar os seguros dos empréstimos, devido à descoberta de que muitas operações eram de baixa qualidade, além de acusações de obtenção fraudulenta de várias apólices de seguro.
O incidente impactou diretamente o Credit Suisse, que logo em seguida teve que lidar com outro problema, o do family office Archegos Capital Management, de Bill Hwang. O não pagamento de chamadas de margem em algumas operações resultou em um prejuízo de 4,4 bilhões de francos suíços (US$ 4,7 bilhões na época) para o banco.
Essa situação abalou a credibilidade do Credit Suisse, levando à saída de clientes de alta renda da área de wealth management. Somente nos últimos três meses de 2022, os clientes retiraram 111 bilhões de francos suíços (US$ 120 bilhões na ocasião) do banco.
Apesar de ter apresentado um plano de reestruturação, o Credit Suisse acabou sendo adquirido pelo UBS em março de 2023, em uma transação no valor de US$ 3,2 bilhões, com o apoio das autoridades suíças. A aquisição foi concluída em junho do mesmo ano, resultando em uma gigante instituição com um balanço patrimonial de US$ 1,6 trilhão e administrando US$ 5 trilhões em ativos financeiros.
Fonte: @ NEO FEED
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