174 civis morreram e 690 se feriram no mês passado, segundo a ONU. A secretária-geral adjunta alerta sobre a situação humanitária em condições terríveis, impactando segurança alimentar e infraestrutura energética.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje que no mês de maio, na Ucrânia, ocorreu o maior número mensal de mortos e feridos, com pelo menos 174 civis mortos e 690 feridos.
Os civis continuam sendo as principais vítimas desse conflito, refletindo a triste realidade da guerra na região.
Impacto Humanitário na Ucrânia
Os dados apresentados pela secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, revelam a gravidade da situação humanitária na Ucrânia. Mais de metade das vítimas civis registradas no último mês estão relacionadas aos combates em Kharkiv, onde a Rússia lançou uma ofensiva terrestre. Aproximadamente 18,1 mil pessoas na região foram deslocadas recentemente, conforme a Organização Internacional para as Migrações.
A população civil em Kharkiv enfrenta condições terríveis, com falta de alimentos, cuidados médicos, eletricidade e gás. Os idosos são os mais afetados, especialmente na região norte, onde os combates são mais intensos. Msuya destacou a preocupação com os ataques à infraestrutura energética, que comprometem o abastecimento de eletricidade, gás e água a milhões de famílias.
A secretária-geral adjunta ressaltou que o sistema energético da Ucrânia está operando abaixo de 60% de sua capacidade pré-guerra, o que tem sérias consequências humanitárias. Os ataques às infraestruturas de transporte e portuárias do país também afetam a segurança alimentar global, pressionando os preços dos cereais.
A situação das crianças na Ucrânia é alarmante, com mais de 600 mortes e 1.425 feridos desde o início do conflito armado. Muitas tiveram sua educação interrompida, enfrentando violência baseada no gênero, doméstica e o tráfico para exploração sexual. Cerca de um milhão de crianças estão entre os quase 4 milhões de deslocados internos no país, sofrendo danos físicos, psicológicos e emocionais.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo