Organização questionou credibilidade dos resultados eleitorais na Venezuela por falta de transparência. Edmundo González obteve maioria em verificação independente.
Após uma manifestação conjunta de sete nações europeias pedindo transparência nas atas do pleito presidencial na Venezuela, a Comunidade Europeia declarou hoje (5) que não valida a reeleição de Nicolás Maduro – ratificada pelo Conselho Nacional de Eleições (CNE), comandado por um apoiador seu.
A decisão da União Europeia reflete a preocupação com a legitimidade do sufrágio e reforça a importância da democracia no processo eleitoral. O resultado da votação não foi reconhecido internacionalmente, evidenciando a necessidade de medidas para garantir a lisura das eleições no país.
Eleição na Venezuela: União Europeia pede verificação independente
Por meio de um comunicado, a União Europeia também cobrou uma verificação independente para atestar se Maduro ou o opositor Edmundo González obteve a maioria dos votos no país. A União Europeia destacou que o CNE, apesar de ter se comprometido a divulgar as atas das zonas eleitorais, ainda não o fez. Os resultados anunciados no dia 2 de agosto não podem ser reconhecidos. Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação vai apenas aumentar dúvidas sobre a credibilidade dos resultados oficiais publicados. O presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pelas eleições no país e que é presidido por um aliado do presidente, com 51,95% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González.
A oposição contesta o resultado, afirmando que Gonzáles venceu com 67% dos votos contra 30% de Maduro, de acordo com uma contagem paralela verificada por diversas organizações independentes. Esta contagem paralela foi destacada pela União Europeia como um sinal de que os resultados apresentados pelo CNE não confirmam a vitória de Maduro. O comunicado da União Europeia também expressou preocupação com o número crescente de prisões arbitrárias e a repressão à oposição, no contexto dos protestos que têm ocorrido nas ruas venezuelanas. Na quinta (1º), Maduro disse ter prendido mais de 1.200 pessoas.
No sábado (3), Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal cobraram de maneira conjunta a divulgação das atas eleitorais, uma posição similar àquela tomada por Brasil, Colômbia e México. Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai, por sua vez, declararam que a oposição venceu a eleição Venezuelana.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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