Crimes do jornalista britânico e do indigenista em 2022; investigações em andamento, assassinato, delegado à frente, pode prejudicar.
A Associação dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Apovaja) manifestou, nesta terça-feira (27), apreensão com a substituição recente do chefe da Delegacia da Polícia Federal (PF) no Amazonas.
Os representantes da Apovaja solicitaram esclarecimentos sobre a mudança no cargo de delegado e expressaram a importância da continuidade do trabalho em conjunto com o inspetor responsável pela região.
Delegado à frente da regional e investigações em andamento
Para a entidade, a substituição do delegado à frente da regional pode prejudicar investigações já em andamento, como a do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, ocorrido em junho de 2022. Quem comandava a superintendência, desde março de 2023, era o delegado Umberto Ramos Rodrigues. Agora, quem assume a função é o delegado João Paulo Garrido Pimentel.
Repercussões da mudança de comando
A redistribuição dos inquéritos que estavam sob a presidência do delegado que investiga o massacre no Rio Abacaxis gera extrema preocupação. Autoridades do alto escalão amazonense estão sob investigação nesses casos. O inquérito dos assassinatos de Dom, Bruno e Maxciel será presidido por outro delegado, o que pode prejudicar o avanço das investigações.
Detalhes sobre os casos em andamento
No Massacre do Rio Abacaxis, seis pessoas foram executadas e outras duas desapareceram em agosto de 2020. Cerca de 130 policiais, entre civis e militares, foram investigados por possível envolvimento nos crimes. Quanto ao caso de Dom e Bruno, o juiz ainda não definiu a data do júri popular dos três réus.
Posicionamento do líder Eliésio Marubo
Em entrevista à Agência Brasil, Eliésio Marubo defendeu transparência na mudança de comando na PF no estado. Ele elogiou a atuação de Ramos Rodrigues nos trabalhos, destacando seu compromisso e expertise, especialmente na área do crime organizado. Marubo alerta para possíveis alianças políticas em jogo nos bastidores.
Desafios enfrentados pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Em agosto do ano passado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou a formação de uma mesa de trabalho para garantir segurança a 11 membros da Univaja. Apesar do prazo estabelecido para um plano de ação, nada foi concretizado até o momento. Marubo considera levar o caso para instâncias internacionais devido à falta de avanços.
Fonte: @ Agencia Brasil
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