Atacante de 35 anos reflete sobre trajetória até chegar ao Vasco: “Não estamos preparados psicologicamente para tudo que acontece.”
Vegetti, Pablo; é natural de uma pequena vila chamada São Domingos, localizada no estado de Santa Fé – a mais de 500 km da capital do país, Buenos Aires. Um lugarzinho que ele carinhosamente chama de ‘pueblo’, com apenas 2,5 mil habitantes. Foi dali que surgiu o jogador que marcou a história do Vasco em 2023. Com 10 gols em 21 partidas, ele foi essencial para a equipe que evitou o rebaixamento na última rodada.
Em meio a sua jornada de sucesso, Pablo Vegetti; enfrentou desafios inesperados, como lidar com a pressão dos torcedores rivais que o chamavam de Pirata. Mesmo assim, manteve o foco e continuou a brilhar nos gramados, mostrando sua determinação e talento indiscutíveis. Sua trajetória é inspiradora e serve de exemplo para muitos jovens jogadores em ascensão.
Entrevista com Pablo Vegetti, o ‘Pirata’
Aos 35 anos, o ‘Pirata’, Pablo Vegetti, vive uma situação inédita em sua carreira. Ele alcançou o status de ídolo em um time de massa após uma trajetória periférica como atleta. Em uma entrevista realizada na segunda-feira (dia 15), após a vitória contra o Internacional em Porto Alegre, o atacante compartilhou sobre a dificuldade de sair de casa e o aspecto psicológico quase invisível que moldou sua trajetória incomum.
Origens e Carreira de Pablo Vegetti
Pablo Ezequiel Vegetti Pfaffen nasceu em Santo Domingo, na Argentina, em 15 de outubro de 1988. Sua carreira inclui passagens por clubes como Villa San Carlos, Rangers de Talca (Chile), Ferro Carril, Gimnasia, Colón, Boca Unidos, Instituto, Belgrano e Vasco. Ele se destacou como artilheiro nas três principais divisões do campeonato argentino e, pelo Vasco, acumula 24 gols em 51 jogos, com uma média de quase um gol a cada duas partidas.
Em 2022, Pablo Vegetti conquistou o título de Campeão da segunda divisão pelo Belgrano. Sua infância na pequena cidade de Santo Domingo foi marcada por uma ligação profunda com o local. Ele revelou que, apesar das oportunidades de jogar em clubes maiores, optou por permanecer em sua cidade natal devido ao forte vínculo com amigos e a comunidade local.
Infância e Influências Familiares
Pablo Vegetti começou sua jornada esportiva no Union de Santo Domingo, um clube pequeno com cores que lembravam o Vasco. Em uma cidadezinha tão pequena, a bola era sua principal companheira de brincadeiras e atividades esportivas. Ele recorda com carinho os jogos de fim de semana e os encontros com outras cidades, sempre acompanhado pela família, especialmente pela mãe, uma professora de educação física que o guiou em todas as etapas educacionais.
A presença constante da mãe como professora em todas as escolas locais proporcionou a Pablo uma infância rica em experiências educacionais e esportivas. Seu pai, um caminhoneiro, representava o sacrifício e a responsabilidade, mas a distância causada por sua profissão fez com que Pablo não se identificasse com o trabalho paterno. A proximidade com a mãe e a ausência do pai em casa podem ter influenciado sua relutância em deixar o ambiente familiar.
Ao refletir sobre sua infância e as influências familiares, Pablo Vegetti reconhece a importância de cada experiência na formação de sua personalidade e escolhas. A ligação emocional com a mãe e a ausência do pai moldaram sua visão de mundo e suas decisões ao longo da vida.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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