Alta circulação de vírus da SRAG grave afeta crianças de 2 anos, causando síndrome respiratória aguda severa. Causas principais: círculos de transmissão, VSR, baixos níveis de Covid. Mortalidade: 75% em crianças pequenas. Idósos: maioria de óbitos. Incidência e mortalidade: semana 17 (21-27 apr). Principais vírus: associados à mortalidade.
Na quinta-feira passada, 2, o boletim Infogripe da Fiocruz mostrou um crescimento expressivo no número de casos e óbitos relacionados ao VSR (vírus sincicial respiratório) em todo o Brasil.
No entanto, é fundamental manter-se atento aos cuidados de prevenção para evitar a propagação do VSR (vírus sincicial respiratório), assim como da SARS (síndrome respiratória aguda grave), e proteger a saúde de todos.
Vírus Sincicial Respiratório impulsiona aumento da mortalidade por SRAG em crianças
De acordo com os relatórios recentes, o aumento na circulação do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) tem sido um fator determinante para o crescimento significativo da incidência e mortalidade por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em crianças de até 2 anos de idade, durante a semana epidemiológica 17, ocorrida entre 21 a 27 de abril. Esse cenário se destaca em meio à intensificação da circulação do VSR, que tem gerado impactos na saúde das crianças pequenas, superando até mesmo os números associados à covid-19 nessa faixa etária.
Em contrapartida, a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causada pelo coronavírus ainda figura como uma das principais razões de infecção em crianças pequenas, juntamente com o rinovírus. No entanto, apesar da aparente diminuição ou estabilidade dos níveis de covid-19, ela continua sendo a principal causa de mortalidade por SRAG entre os idosos, que compõem a maior parte dos óbitos resultantes da condição respiratória grave caracterizada pela inflamação e acúmulo de fluidos nos pulmões.
Nos últimos levantamentos, 58% dos casos de SRAG foram atribuídos ao VSR, enquanto 24,3% estavam relacionados à SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza A, 7,9% à covid-19 e 0,4% à influenza B. Em relação às mortes, 46,4% foram associadas à covid-19, 38% ao influenza A, 11,6% ao VSR e 1,1% ao influenza B. Esses números demonstram que, apesar da contribuição do VSR para o aumento de casos e óbitos, o coronavírus continua sendo um dos principais vírus ligados à mortalidade.
A Fiocruz apontou que 22 estados no Brasil estão registrando um crescimento de casos de SRAG em uma tendência de longo prazo, destacando a importância de medidas preventivas e de controle para mitigar os impactos do VSR e de outros vírus respiratórios.
VSR: O vírus prevalente em infecções respiratórias agudas em crianças pequenas
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é amplamente reconhecido como o principal agente causador de infecções respiratórias agudas em crianças com até 2 anos de idade. Responsável por grande parte dos casos de bronquiolite (75%) e quase metade das pneumonias (40%) nessa faixa etária, o VSR é apontado como uma das principais ameaças à saúde respiratória infantil pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
Destaca-se que o VSR é altamente prevalente em crianças pequenas, com estimativas sugerindo que entre quatro a seis em cada dez crianças são infectadas pelo vírus durante o primeiro ano de vida, chegando a quase 100% de infectividade até os 2 anos. Além disso, a sazonalidade do VSR é marcante, com maior circulação no outono e inverno, particularmente nos meses de maio, quando os casos tendem a aumentar significativamente.
Fonte: @ Estadão
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