No Brasil, Amazon ameaça derrubar Walmart como líder de receitas no país, com R$ 90,8 bilhões em 2023 (Fortune 500 de 2023: US$ 26 bilhões adicionais em receita, líder de varejo estadunidense).
Não faltam títulos e dados para traduzir a importância do Walmart na economia brasileira. Fundado em 1962, por Sam Walton, cuja família é a mais rica dos Estados Unidos, o grupo ostenta o status de maior varejista do país e lidera, desde 2013, o ranking Fortune 500. À parte dessa relevância, a gigante do varejo corre o risco de perder o posto de empresa de maior receita no mercado brasileiro, com a concorrência cada vez mais acirrada.
O Walmart é conhecido como a empresa de varejo dos Estados Unidos que revolucionou o setor, tornando-se o líder indiscutível do mercado americano de varejo. Com sua história de sucesso e inovação, a marca se destaca pela sua presença global e pela capacidade de se adaptar às mudanças do mercado, mantendo-se relevante em um cenário cada vez mais competitivo. A busca por manter sua posição como referência no setor é um desafio constante para o Walmart.
Walmart: a gigante do varejo dos Estados Unidos
E quem ameaça desbancá-la do topo desse pódio é um nome que, há tempos, vem desafiando o reinado da empresa de varejo: a Amazon. Em 2023, nos indicadores mais recentes dessa disputa, o Walmart apurou um faturamento de US$ 648,1 bilhões, o que representou uma alta anual de 6%. No mesmo período, a receita da Amazon foi de US$ 574,8 bilhões, um salto de 12% sobre 2022.
Outra medida reforça como a distância entre as duas operações tem diminuído. Há dez anos, quando assumiu a liderança do ranking Fortune 500, o Walmart registrou uma receita de US$ 476 bilhões. Naquele mesmo intervalo, a Amazon reportou uma receita de US$ 75 bilhões. A partir desse quadro, há quem aposte que a gigante fundada por Jeff Bezos tem tudo para ultrapassar, em breve, o Walmart.
Essa projeção se baseia nos desafios à frente da maior varejista do país para manter sua liderança e, ao mesmo tempo, no fôlego que a Amazon vem mostrando para assumir a dianteira. Uma reportagem publicada nesta quarta-feira, 15 de maio, pelo The Wall Street Journal traz alguns números que ilustram essa competição.
Segundo o jornal americano, para alcançar sua meta de crescer 4% em 2024, o Walmart precisa buscar uma receita adicional de US$ 26 bilhões. A empresa não terá, porém, um percurso fácil pela frente para tornar essa cifra realidade. Um indicador que reforça essa dificuldade é o fato de que, atualmente, cerca de 90% dos americanos já são consumidores da companhia.
Essa margem mais restrita é reforçada quando se compara as fontes de receitas das duas líderes de mercado. No caso da Amazon, uma parcela significativa já é gerada por outros negócios não relacionados diretamente ao varejo. Nessa direção, entre outros exemplos, a Amazon Web Services (AWS), braço de infraestrutura e serviços de tecnologia da Amazon, faturou R$ 90,8 bilhões em 2023.
No mesmo período, a área de publicidade da companhia registrou uma receita próxima de US$ 47 bilhões. O Walmart também tem explorado outras frentes além do seu negócio tradicional, em um caminho muito semelhante ao adotado, há mais tempo, pela Amazon. Isso inclui, entre outros componentes, sistemas desenvolvidos para sua operação e que passaram a ser ofertados a outros varejistas.
A estratégia também envolve a entrada em outras áreas, como saúde e publicidade. Mas ainda não se traduziu em fatias relevantes no resultado da companhia, que segue gerando boa parte dos seus ganhos no varejo. Um exemplo da distância entre as duas teses é o segmento de publicidade. O Walmart faturou US$ 3,4 bilhões na área em 2023.
Já a Amazon divulgou um faturamento de US$ 11,8 bilhões nesse mesmo espaço apenas no primeiro trimestre de 2024. Como um agravante, nem todas as iniciativas do Walmart fora da sua ‘zona de conforto’ têm sido bem-sucedidas. Esse é o caso dos Walmart Health Centers, projeto do grupo com a proposta de oferecer serviços de saúde a preços mais acessíveis.
Depois de expandir essa rede nos últimos cinco anos para estados americanos como Arkansas, Flórida, Georgia, Illinois, Missouri e Texas, a
Walmart: líder do mercado americano de varejo
estratégia ainda não alcançou o impacto esperado.
Fonte: @ NEO FEED
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