Startup de Rafael Albuquerque, presente em 25 países, com dados de 99,8% da população brasileira, 1,6 mil clientes, como Santander, Allos, SulAmérica e TIM. Avaliada em US$ 169 mi, oferece software para gerenciar acessos Wi-Fi.
Não se pode negar a determinação do empreendedor Rafael de Albuquerque em buscar novas oportunidades. Em 2005, aos 19 anos, ele fundou a Zoox com o objetivo de auxiliar hotéis na implementação de acesso Wi-Fi pago para os hóspedes, utilizando dados como base para a prestação do serviço. Mesmo diante dos desafios, Rafael persistiu e adaptou o modelo de negócio quando a conexão passou a ser oferecida gratuitamente, evitando assim a falência da empresa.
A trajetória empreendedora de Rafael de Albuquerque é um exemplo de como a análise de dados pode ser fundamental para o sucesso de um negócio. Ao compreender as necessidades do mercado e as preferências dos clientes por meio de informações precisas, ele conseguiu tomar decisões estratégicas que garantiram a sobrevivência da Zoox. A capacidade de se adaptar às mudanças e de utilizar os registros disponíveis de forma inteligente foram essenciais para a evolução da companhia e para a consolidação de seu legado no setor de tecnologia.
Empreendedor Rafael Albuquerque revoluciona o acesso à informação
Logo em seguida, tentou a sorte com uma empresa de vídeo sob demanda para hotéis. Infelizmente, não obteve sucesso. Posteriormente, Albuquerque recomprou a Zoox em 2010 e investiu em um software que auxiliava os hotéis a gerenciar os acessos por Wi-Fi. Desta vez, o empreendimento decolou e expandiu para além dos hotéis – os principais aeroportos do mundo, varejistas e shopping centers adotaram a solução da startup brasileira globalmente. No entanto, o grande avanço ocorreu quando Albuquerque teve uma nova ideia em 2016: utilizar o Wi-Fi como meio de capturar dados e compreender o comportamento das pessoas em locais físicos.
Oito anos depois, a Zoox se tornou uma das principais empresas de dados do Brasil. A startup possui 1,6 mil clientes, incluindo Santander, Rock in Rio, Allos, Rede D’Or, SulAmérica, Burger King, TIM, Claro e Serasa. Está presente em 25 países e detém informações de 99,8% da população brasileira, 98,7% das empresas e 82% da frota de veículos do Brasil. Além disso, agindo de forma discreta em relação aos principais fundos de venture capital do Brasil e do mundo, conquistou o apoio da família Moll, proprietária da rede D’Or, que se tornou uma investidora significativa da empresa. Outros investidores incluem a HDI Seguros, a 2A Investimentos e a Opus Capital.
Até o momento, a Zoox arrecadou mais de R$ 50 milhões e foi avaliada em US$ 169 milhões na última rodada de investimentos, em 2022. ‘No final deste ano, a parte de dados será mais significativa do que a de Wi-Fi’, afirma Albuquerque ao NeoFeed, prevendo um ARR (Receita Recorrente Anual) de R$ 100 milhões até o final de 2024 – operando no ponto de equilíbrio desde o ano anterior.
Albuquerque compara a Zoox ao ‘Booking.com’ dos dados, auxiliando as empresas a desenvolverem seus próprios ChatGPTs com dados internos e externos. A Zoox não é proprietária de dados, mas fornece ferramentas para que as empresas possam extrair valor de suas próprias informações, combinando-as com mais de 300 bases de dados diversas. Desde dados das pessoas que utilizam o Wi-Fi (com 60 milhões de conexões e 15 milhões de usuários únicos em março deste ano) até informações da Receita Federal e do IBGE.
A empresa percebeu que gerava uma quantidade significativa de dados, porém aprendeu que poucos sabiam como utilizá-los. Isso levou ao desenvolvimento de módulos que fornecem informações detalhadas para as empresas, como o Zoox Eye, um produto integrado com bancos de dados públicos e privados. Com seis módulos distintos, o Zoox Eye oferece desde uma visão completa de uma pessoa (permitindo identificar o cliente ideal de uma empresa) até a detecção de fraudes e lavagem de dinheiro, além do cruzamento de dados de redes sociais com os da Receita Federal para realizar buscas precisas.
Fonte: @ NEO FEED
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